Os nomes dos atiradores que tiraram a vida de 7 pessoas durante o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13), foi revelado pela polícia. Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, são os responsáveis pelo ataque que aterrorizou a Escola. Cinco alunos e duas funcionárias foram mortos pela dupla, que acabou se suicidando. Mais cedo, o proprietário de uma loja de veículos próximo à escola, que era tio de Guilherme, também foi morto.
Entenda o caso
O massacre teve seu início por volta das 9h30, quando Luiz e Guilherme invadiram a escola.
A dupla estava encapuzada. Eles começaram a atirar contra alunos e funcionários da escola. Duas das vítimas fatais trabalhavam na escola. No total, 23 pessoas foram socorridas e levadas a hospitais.
Merendeira salva 50 crianças
Na mesma hora em que a merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes percebeu que um ataque estava acontecendo ela decidiu abrir a porta da cozinha e fazer com que o maior número de crianças entrasse para o local. Com a ajuda de outros funcionários, Silmara fez uma barricada usando freezer e geladeira para tentar impedir que a dupla entrasse no local.
Ela e os demais também tombaram uma mesa para poder usar como escudo. Os tiros não paravam, o momento era de completo terror.
Eles solicitaram às crianças que se deitassem para que dessa forma tornasse mais difícil que elas fossem atingidas pelos disparos.
A merendeira contou que todos eles ficaram amontoados em um canto só, e que se por acaso os rapazes entrassem no local eles iriam conseguir ferir muitas pessoas.
Os atiradores chegaram na escola de carro
Câmeras de segurança flagraram o momento exato em que Luiz e Guilherme chegaram na escola de carro. O carro foi estacionado em frente ao portão da escola. Uma outra câmera mostrou que os estudantes pularam o muro para a rua e fugiram do local. Ao menos 20 alunos conseguiram pular o muro da escola para escapar dos atiradores.
Arma incendiária
Os rapazes também estavam armados com coquetéis molotov, uma arma incendiária usada normalmente por guerrilheiros. Inclusive foi usada por soviéticos durante a segunda guerra mundial. Os rapazes também tinham explosivos e com eles a polícia também encontrou arco e flecha. Eles estavam tão bem equipados que até um recarregador automático para arma foi encontrado no local.
Governador de São Paulo, João Doria, acompanha o caso de perto
João Doria está acompanhando o desfecho desse caso bem de perto. O político usou seu perfil oficial no Twitter para publicar um vídeo que mostra sua chega na escola.