Na última quarta-feira, dia 20 de março, a empresária Ana Lúcia Villela doou cerca de US$ 28 milhões (algo em torno de R$ 109,4 milhões) ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das mais respeitadas universidades do mundo, com o objetivo de desenvolver pesquisas voltadas para a Síndrome de Down.
Ana Lúcia é acionista do Itaú e sempre esteve ligada a causas de impacto social, sendo fundadora do Instituto Alana, que visa o desenvolvimento saudável de crianças. Além disso, Villela é sócia de uma produtora que busca discutir problemas sociais e ambientais, a Maria Farinha Filmes.
Na área da Síndrome de Down, entretanto, o interesse da empresária é de cunho pessoal: há 6 anos, ocasião do nascimento de sua filha, Ísis, a garotinha foi diagnosticada com a trissomia do cromossomo 21, causadora da síndrome em questão. Isso se deu apenas dez dias após o nascimento de Ísis.
Motivos para a doação
Marcos Nisti, CEO do Instituto Alana e marido de Ana Lúcia Villala relata que, logo após o recebimento da notícia, começou a pensar a respeito do incentivo à pesquisa. Desse modo, a doação ao MIT foi pensada para dar tranquilidade aos pesquisadores que buscam investigá-la. A escolha da universidade não se deu por acaso: além de ser vista como uma das melhores instituições do mundo, o MIT tem um enfoque multidisciplinar, o que significa que tal instituição se baseia na troca de conhecimentos entre variadas áreas do conhecimento em suas pesquisas, o que pode ser benéfico na questão específica da Síndrome de Down.
Villela também disse que o Instituto de Tecnologia de Massachusetts possui pesquisas bastante avançadas em relação a deficiência física além de laboratórios modernos voltados para esses fins. No presente momento, a universidade em questão busca ainda ampliar os conhecimentos acerca de deficiências de cunho intelectual, especialmente no que se refere à Sindrome de Down e ao Alzheimer.
O dinheiro doado pela empresária possibilitará a criação do Alana Down Syndrome Center, cujo foco será a reunião de diversos profissionais, de áreas do conhecimento variadas e múltiplas, para o aprofundamento das pesquisas a respeito da Síndrome de Down. A equipe integrante do Alana Down Syndrome Center será liderada por duas cientistas: Angelika Amon, especializada em instabilidade cromossômica; e Li-Huei Tsai, que estuda doenças degenerativas.
Recentemente, Marcos e Ana Lúcia foram aos Estados Unidos para tornar a doação oficial, acompanhados das duas filhas, a mais velha, Nina, de 10 anos e a mais nova Ísis, de 6 anos. Eles visitaram as instalações do MIT e conheceram um pouco mais a respeito do instituto na ocasião da visita.