Na noite da última quarta-feira (20), uma jovem de 18 anos foi presa no hospital Santa Casa de Maracaí, no interior de São Paulo. O motivo da prisão teria sido a suspeita de que a mulher teria matado um bebê no banheiro do hospital. A criança, nascida prematuramente com apenas sete meses, foi encontrada pela equipe do hospital em uma lixeira do banheiro, já sem vida e com um pedaço de gaze colocado dentro da boca.
Foi informado pelo hospital que a jovem é de São José das Laranjeiras, um distrito de Maracaí. A garota deu entrada na unidade de saúde em questão após passar por uma consulta médica, durante a qual alegava fortes cólicas menstruais.
Em nenhum momento da consulta ela mencionou que estava grávida e, conforme relato dos funcionários da Santa Casa de Maracaí, nada em sua aparência apontava para a gravidez.
Jovem teria ido ao banheiro antes do bebê ser encontrado na lixeira
A suspeita acerca da jovem foi levantada porque ela foi ao banheiro antes da consulta e, posteriormente, liberada após passar por avaliação médica. Não muito tempo depois, um funcionário foi ao banheiro e encontrou o bebê na lixeira, já morto e apresentando sinais consistentes com um enforcamento. Além da gaze na boca, também foi encontrado junto com a criança um pedaço de pano, que estava ao lado da sua cabeça. A criança encontrada morta não teve o seu gênero divulgado pela equipe do hospital.
O delegado responsável pelo caso, da seccional de Assis, Newton Calazans Júnior, relatou à TV TEM durante uma reportagem que a jovem teria sido identificada por uma tia dela, que entrou em contato com a Polícia. A suspeita, que não teve o nome divulgado, foi presa em flagrante.
Ainda não se sabem os motivos pelos quais a jovem optou por ocultar a gravidez, assim como por matar a criança.
Boletim de ocorrência indica aborto
Em ocasião da abertura do boletim de ocorrência, o crime em questão foi registrado como aborto. Porém, a Polícia Civil não pretende tratar o caso dessa maneira e relata que as suas investigações serão conduzidas com base no crime de infanticídio, cuja pena prevista é de dois a seis anos de prisão.
A jovem responsável pelo crime deverá passar em breve por uma audiência no Fórum de Assis, que determinará o seu destino.