Na manhã da última quarta-feira (20), uma recém-nascida foi encontrada morta, enterrada no quintal de sua residência localizada na zona rural de Camocim. Buriti, local do ocorrido, fica cerca de 350 quilômetros de distância da capital cearense.
A bebê que teria sido enterrada por sua própria mãe tinha acabado de nascer. Foi constatado pela Perícia que a causa da morte foi asfixia, ou seja, a criança foi enterrada com vida, o que confirmou as suspeitas policiais.
Antônio Veras, auxiliar de perícia, revelou que foi encontrado na traqueia da criança certa quantidade de areia, o que confirmou a morte por asfixia.
Depois de ter ido a óbito, a criança teve suas víceras comidas por animais. De acordo com o auxiliar de perícia da ‘Pefoce’ (Perícia Forense), quando a criança foi encontrada já não tinha mais pulmões e nem mesmo o coração.
Quem teria chamado à Polícia foi o próprio irmão da jovem, logo após encontra-la suja de sangue. Ao seguir os rastros deixados pela autora, chegou até a criança que estava rodeada por um porco e um cachorro.
Como aconteceu
A responsável por ter enterrado a bebê informou que estava tentando manter escondida sua gravidez, já estava quase com os nove meses de completos e resolveu tomar chá de boldo com o intuito de abortar a criança. Assim que percebeu que ia ter a criança foi para o fundo do quintal da residência onde mora que, por se tratar de propriedade localizada na zona rural, o espaço seria grande.
E foi no fim do quintal que ela deu à luz ao bebê. De acordo com a autora do crime, ela não tinha a intenção de enterrar sua própria filha ainda com vida. Segundo ela, ao nascer a criança teria chorado um pouco e logo em seguida parou, o que a fez acreditar que ela teria morrido, motivo pelo qual a teria enterrado.
O caso foi recebido pelo delegado plantonista de Jericoacoara, já que o ocorrido foi durante a madrugada.
Porém, o delegado regional de Camocim buscou o processo e a autora, que se encontrava presa, para que desse prosseguimento do caso na cidade Camocim.
O inquérito está em andamento até o presente momento. Agora, a Polícia Civil tomará conta do caso. Serão feitas algumas diligências de praxe para finalizar o inquérito e, só então, será remetido ao Ministério Público com o parecer do delegado.