Um homem, ainda não identificado, morreu neste domingo (24), em decorrência de um incêndio ocorrido na noite de sábado (23) na favela do Cimento, no entorno do viaduto Bresser, na zona leste em São Paulo. De acordo com reportagem do portal UOL, o homem chegou a ser levado ao hospital, onde ficou internado na UTI, mas não resistiu aos ferimentos.
Por meio de nota, a prefeitura da capital informou que uma pessoa, suspeita de ter provocado o fogo, cujas causas ainda são desconhecidas, foi detida na madrugada de domingo.
A vítima, que não portava documentos e por isso ainda não pôde ser identificada, deu entrada no Hospital Salvalus às 21h31 de sábado.
Ela foi levada à UTI em estado grave e veio a falecer no início da tarde de domingo. O hospital se manifestou dizendo que “se solidariza e lamenta o ocorrido”. Já a prefeitura também emitiu uma nota à imprensa lamentando a morte do homem.
De acordo com informações passadas por moradores ao portal G1, o fogo começou por volta das 20h, em um barraco, e se espalhou rapidamente. Cerca de 67 homens do Corpo de Bombeiros e 20 viaturas se mobilizaram no combate ao incêndio, que só foi controlado duas horas depois. Porém, praticamente todos os barracos, feitos de madeira, já haviam sido consumidos pelas chamas. Móveis ainda fumegando, ferros retorcidos e muito lixo ficaramm espalhados pela caçada.
Reintegração de posse ocorreria neste domingo
O incêndio na favela do Cimento aconteceu na véspera da data estipulada para a reintegração de posse. Ainda de acordo com a prefeitura, famílias que aceitaram o acolhimento serão levadas aos centros de acolhimento e seus pertencentes ficarão guardados em um depósito, onde permanecerão por tempo indeterminado.
Na favela do Cimento –que tem esse nome porque fica em frente a uma antiga fábrica de cimento– viviam, segundo dados da Prefeitura de São Paulo, 215 pessoas, dentre elas 66 crianças. A área começou a ser ocupada em 2013.
Para entrar com pedido na Justiça de reintegração de posse, a prefeitura alegou que a área oferecia alto risco aos moradores, uma vez que os barracos estavam localizados perto da rua, além de haver o risco de incêndio, como acabou acontecendo. As negociações para que as famílias deixem o local de forma voluntária, de acordo com a prefeitura, vêm acontecendo desde o último dia 18 e que 72 duas famílias concordaram em deixar o local.