Nesta terça-feira (12), a Polícia Civil prendeu, junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro, dois suspeitos de terem matado a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. O crime completará um ano nesta quinta-feira (14).

Foi preso o policial reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, acusado de ter efetuado os 13 disparos que tirou a vida da vereadora e do motorista, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, que teria conduzido o veiculo durante o crime.

Ambos foram detidos em suas casas, Lessa em um condomínio localizado na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, e Élcio na Rua Eulina Ribeiro na zona norte do Rio.

Segundo informações obtidas pelo portal G1, o policial Ronnie estava saindo de sua residência no momento da prisão com o objetivo de fugir. As prisões aconteceram durante a madrugada, às 4h desta terça-feira (12), e segundo informações, os acusados nada declararam aos agentes da lei no momento da prisão, e também não resistiram ao mandado judicial. Ronnie e Élcio foram encaminhados a Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca.

A força-tarefa, batizada de Operação Lume, ainda cumpriu mais 32 mandados judiciais de busca e apreensão. O nome da ação foi criado em referência à praça Buraco do Lume, do Rio de Janeiro, onde a vereadora estava frequentemente desenvolvendo um projeto chamado por ela de Lume Feminista.

Além disso, Marielle também marcava frequentemente de se reunir nesta praça com membros do seu partido, o PSOL, que também se dizem defensores dos direitos humanos.

Recentemente uma sobrevivente do crime, Fernanda Chaves, decidiu falar ao "Fantástico", da Rede Globo, onde disse ser uma vergonha a falta de solução para um crime que está perto de completar um ano.

Chaves era assessora de Marielle e no momento do crime estava no mesmo carro que a vereadora, no entanto, não foi atingida por nenhum disparo e diz não ter conseguido ver nenhum dos rostos dos criminosos. A reportagem feita com a ex-assessora foi transmitida pelo programa no último domingo (10).

Após as prisões, mãe de Marielle faz declaração

Depois de ter conhecimento da prisão dos dois policiais supostamente envolvidos no crime, a mãe da vereadora, Marinete Silva, decidiu se pronunciar e disse agora saber que estão indo pelo caminho certo. Marinete disse que já era tempo de se ter alguma resposta após tantas investigações. No entanto, ela diz ainda ser preciso saber o nome de quem mandou matar sua filha, e por isso classifica a resposta do crime como incompleta.