Um servidor da Secretaria de Educação de Goiânia (GO) foi levado para a delegacia nesta quarta-feira (27). Ele é suspeito de abusar de crianças e mostrar vídeos pornográficos em sala de aula. O suspeito tem 31 anos e trabalha como auxiliar de atividades educativas em uma Escola do município. Ele nega as acusações.

A Secretaria emitiu nota informando que a situação está sendo apurada pela Polícia e que está fazendo o acompanhamento do caso. O órgão também disse que está abrindo um processo de sindicância para a apuração do ocorrido e execução das medidas cabíveis, além de destacar que repudia qualquer ato dessa natureza.

O servidor foi encaminhado pela Guarda Civil Metropolitana para a Central de Flagrantes da Polícia Civil após ser denunciado por pais de estudantes que cursam o sexto ano do ensino fundamental. A escola, após ouvir a denúncia dos pais, acionou a Guarda Civil.

O comandante Júlio Simões relata que a polícia encontrou fotos do servidor nu em seu celular. Além disso, haviam fotos de outros homens nus e também um vídeo dos alunos dormindo na "hora do soninho".

Pais denunciaram o abuso à direção da escola

O caso ocorreu na escola Setor Crimeia Oeste. Os pais contam que o servidor abusava dos alunos e que as crianças chegavam a acordar assustadas com o homem passando a mão nelas. O servidor teria chegado até a mostrar o órgão genital para os alunos.

Um menino de 11 anos relatou o abuso para a mãe. Ele contou que um dos professores acariciava ele, que começou na cabeça e desceu pela barriga até chegar na genitália da criança. O menino disse o nome do professor para a mãe.

O avô de umas das crianças também relatou o abuso. Ele conta que o servidor dava balinhas para os alunos e passava a mão neles.

"Na cabeça, nas costas e nas partes íntimas", contou o avô. Além disso, segundo as denúncias, o homem também mostrava vídeos pornográficos às crianças.

A função para a qual o servidor prestou concurso é de prestar apoio aos professores. O rapaz, que é concursado a um ano, disse que sabe que não pode passar a mão em crianças e que as acusações são falsas.

Ele também alegou que a imaginação das crianças é fértil e elas estariam falando isso com o intuito de prejudicá-lo.

Rony Campos, delegado responsável por registrar o caso, disse que até o momento ainda não há provas para incriminar o servidor. Será feita uma investigação por suspeita de estupro de vulnerável na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O professor se defendeu sabendo que aquilo era errado e que não cometeria os atos.