Um homem de 47 anos de idade foi julgado e condenado a uma pena de 100 anos, quatro meses e 15 dias por estupro de vulnerável. Ele teria abusado e estuprado durante vários anos suas duas filhas e uma enteada no norte de Santa Catarina. O acusado foi sentenciado pela juíza da 2ª vara da comarca de Itapoá, município onde ocorreram os crimes.
De acordo com a juíza que estabeleceu a sentença, Aline Vasty Ferrandin, a pena foi aumentada devido as vítimas serem parentes diretas do agressor. Com isso são mais propensas a sofrerem diversos tipos de traumas até quando atingirem a maior idade.
Ao prestar depoimento do ocorrido, uma das meninas que foi abusada pelo homem, relatou que teria sofrido o primeiro ataque sexual aos seis anos de idade. As agressões só pararam depois que ela o ameaçou com uma faca após descobrir que sua irmã caçula também era abusada frequentemente.
Também em depoimento, a segunda vítima relatou que sofreu agressões sexuais por pelo menos quatro anos e que a primeira vez teria acontecido quando ela tinha entre sete e oito anos de idade. Ainda segundo a vítima, o homem a ameaçava de morte caso ela contasse para sua mãe o que havia acontecido.
De acordo com os autos do processo, a mãe das vítimas tomava remédios para dormir por conta de um problema de coluna, passando assim muito tempo desacordada.
Com isso o homem se aproveitava dessa ocasião para cometer os crimes contra as crianças. A mãe das vítimas mencionou que não tinha a menor ideia de que seu companheiro realizava tais atos e que foi uma surpresa muito grande quando ela ficou sabendo das agressões sexuais sofridas pelas meninas.
Enteada quem realizou a denúncia
Toda a denúncia foi realizada pela enteada do acusado que também relatou ter sofrido abusos sexuais por parte do homem. Em seu depoimento, ela mencionou que o réu além de estupra-la a agredia fisicamente, e depois lhe dava uma soma em dinheiro para que ela não chorasse durante a prática dos abusos.
Após a sentença destinada ao acusado, houve muita comoção por parte das vítimas.
Este homem é um predador sexual infantil, diz juíza
Em suas palavras finais no julgamento, a Juíza titular Aline Vasty disse no tribunal que ficou claro para ela de que o homem se tratava de uma espécie de “predador sexual de menores”. Pois além de abusar de suas filhas biológicas, ele também se voltou contra sua enteada que ficou a mercê do agressor por pelo menos dois anos. “Triste narrativa esse auto processual, tudo isso é simplesmente lastimável”, disse a juíza da 2ª Vara da comarca do município de Itapoá.
O homem foi encaminhado para uma penitenciária da região onde cumprirá sua pena em regime fechado.