Uma pesquisa realizada pelo G1, com alguns dados do Censo Escolar, afirma que no Brasil cada vez mais tem diminuído o número de escolas com nomes em homenagem a presidentes do período do regime militar. Em 2018, apenas 595 escolas carregavam nomes de um dos cinco generais que ocuparam a presidência no período da ditadura. O número é bem menor do que as 809 escolas que faziam essa homenagem no ano de 2009, representando uma queda de 26%.
Presidentes no período da ditadura
O primeiro presidente durante o período da ditadura foi Humberto de Alencar Castelo Branco.
Seu governo durou 3 anos, entre 1964 e 1967, ano de sua morte, aos 67 anos de idade.
Arthur da Costa e Silva foi o segundo presidente, tendo governado de 1967 a 1969, ano de sua morte, também aos 67 anos. Ele também foi responsável pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5).
Emílio Garrastazu Médici, que antes de governar foi chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), foi o terceiro militar na presidência no período. Seu governo durou de 1969 a 1974.
Ernesto Geisel foi o quarto presidente da ditadura e seu governo teve a duração de cinco anos, indo de 1974 a 1979.
Por último foi João Baptista de Oliveira Figueiredo. Seu governo foi o mais longo, tendo durado de 1979 a 1985.
De acordo com os dados, eles consideram as variações na grafia dos nomes dos presidentes, porém também carregam o fato de que apenas as escolas cujo Censo Escolar divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, denominado Inep, eles oferecem o ensino básico regular e ainda estavam em atividade.
181.939 escolas são os padrões nesses requisitos, no ano de 2018.
Entre as escolas com nomes de presidente do período da ditadura militar, o nome mais comum é o de Castelo Branco. As que mais tiveram queda nos últimos 6 anos foram as batizadas em homenagem a Médici, passando de 151 para 105, uma redução de 30%. As trocas dos de escolas vêm ocorrendo desde o 2013.
As escolas que carregam homenagem a algum dos cinco presidentes da ditadura são em sua maioria públicas (96,5%). Mais de 2/3 estão concentradas em 495 municípios brasileiros e metade delas está na região do Nordeste.