Uma Mulher deu depoimento à Polícia Civil de Belo Horizonte e disse ter sido abusada durante procedimento para se fazer uma tatuagem na intenção de cobrir uma cicatriz na barriga. Ela afirma ter estranhado o tatuador Leandro Caldeira Alves Pereira ter pedido para ela tirar a calcinha para que fosse facilitado o seu trabalho. As afirmações da vítima foram feitas ao programa Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (31), mesmo dia em que o tatuador foi preso.
A Polícia Civil informou que 15 mulheres já o denunciaram por abuso. No entanto, o advogado do tatuador disse para a reportagem do "Fantástico" que o seu cliente não é culpado de nenhuma ação desse tipo e que tudo será provado durante o curso das investigações.
De acordo com a vítima, que não teve o seu nome divulgado, ela achou estranho Leandro ter pedido para ela tirar a calcinha. Para tentar se proteger, ela perguntou se poderia apenas abaixar um pouco a roupa íntima. Contudo, ele insistiu que a calcinha estava atrapalhando e insistiu para que ela tirasse. Segundo os relatos da vítima, ela atendeu o tatuador pensando em ser necessário ficar daquele jeito. Em seguida, Pereira teria encostado parte da mão na vagina dela como apoio e começou a tatuar.
Conforme as informações divulgadas no portal G1, o fato aconteceu em 2016 e durou quatro horas. A vítima contou o fato para uma amiga, que disse que ela foi abusada. Foi nesse momento que a ficha caiu e ela percebeu que o caso era grave.
A mulher comentou que ninguém está preparada para um caso desse.
Ester Gavendo, diretora de uma associação de tatuagem no Brasil, disse, conforme divulgado no portal G1, que em uma sessão de tatuagem não há necessidade de se tirar as roupas íntimas. Contudo, caso for necessário, apenas pode abaixar um pouco e, de preferência, colocar um tecido em volta para proteger a intimidade da cliente.
Impedimento
Uma outra mulher afirmou ao "Fantástico" que também viveu esse drama ao saber do abuso contra a sua filha de 16 anos. Ela disse que foi impedida de entrar na sessão junto com a filha. De acordo com ela, o tatuador pediu para a mãe não entrar na sala para que trabalho fique mais concentrado. A mãe, que já havia feito 10 tatuagens com Leandro, tinha muita confiança no seu profissionalismo e não se importou com isso.
Na segunda sessão, a mãe relatou que entrou com a filha. Leandro teria colocado o braço da menina entre as pernas dele e se masturbado. A mãe contou que ela não percebeu o ato no momento.
As acusações contra o tatuador só começaram a aparecer após postagens nas redes sociais da professora de literatura Duda Salabert. Ele deve responder pelo crime de violação sexual mediante fraude.