Suzane von Richthofen foi punida com a perda de três saídas temporárias após participar de uma festa de casamento em Taubaté (cerca de 150 km de São Paulo), durante "saidinha" para o Natal, em dezembro do ano passado. Segundo o portal R7, em fevereiro deste ano, a juíza Wania Regina da Cunha, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, entendeu que Suzane cometera falta grave ao deixar a prisão e não seguir para o local indicado, na capital paulista, suspendendo, então o benefício da saída temporária.

Todavia, a 5ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) cancelou a punição dada a Richthofen.

Habeas Corpus interposto pela defesa

A 5ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP julgou habeas corpus interposto pela defesa de Suzane e cancelou a punição que a mesma havia recebido. Por esse motivo, ela deve passar o Dia das Mães fora da prisão. Segundo o portal G1, além do Dia das Mães, Suzane também deverá usufruir do benefício no Dia dos Pais e no período entre o Natal e o Ano Novo. O despacho que autoriza as saídas temporárias foi assinado pelo relator Damião Cogan.

Na decisão da última quarta-feira (17), que reformou decisão de primeira instância, o magistrado considerou que a juíza plantonista, Sueli Zeraik, restabeleceu o benefício à época, por não considerar que Suzane havia infringido alguma regra da saidinha.

No habeas corpus, a Defensoria argumentou que não houve descumprimento nas imposições fixadas, pois eram ausentes previsões que impedissem a detenta de participar de eventos sociais, como casamentos. A Defensoria enfatizou, também, que Suzane trabalha no presídio e tem bom comportamento. Detentos do regime semiaberto, como é o caso de Suzane, devem informar à Justiça o endereço fixo que irão permanecer entre 22h e 6h.

Condenação pelo assassinato dos pais

Suzane von Richthofen foi acusada e condenada pelo assassinato dos pais, caso de grande repercussão e comoção nacional. Suzane foi condenada por ser mentora intelectual da morte dos próprios pais, Manfred e Marísia von Richthofen, com a ajuda dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, respectivamente seu ex-namorado e ex-cunhado.

Dos três condenados, apenas Daniel saiu da prisão e cumpre pena em regime aberto. Em outubro de 2002, Suzane foi condenada a 39 anos de prisão, dos quais já cumpriu 16 anos.

O G1 procurou o Ministério Público em São Paulo para obter informações de suposto recurso por parte do órgão, mas até o momento não recebeu retorno. Já a Defensoria informou que não pode fornecer maiores informações sobre o processo, tendo em vista que o mesmo tramita em segredo de Justiça.