Com pelo menos sete mortes registradas até agora, o temporal no Rio de Janeiro continua causando estragos. Nessa segunda-feira (8), a chuva já levou árvores e carros e causou deslizamentos de terra e alagamentos. De acordo com a PM, foi encontrado o corpo de um homem no bairro da Gávea, na zona sul, embaixo de um carro. De acordo com testemunhas, ele foi arrastado pela enxurrada, após uma queda de moto, e aparentemente morreu afogado. Mas ainda não há divulgação da causa de morte oficial até o momento.
Segundo o Corpo de Bombeiros, registrou-se um deslizamento no Morro da Babilônia, na região do Leme.
Uma mulher foi soterrada e resgatada. Três crianças seguem desaparecidas. Ainda de acordo com a prefeitura, o Rio de Janeiro se encontra em estado de crise desde as 20h55. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) alerta para mais chuvas até a manhã de terça (9). É recomendado à população que evite transitar pela cidade.
Contudo, ao decorrer da manhã desta terça, mais mortes foram oficializadas. No bairro Santa Cruz, um homem acabou sendo eletrocutado devido à chuva e ao desabamento da fiação de alguns postes. No bairro do Leme, duas irmãs acabaram morrendo soterradas devido a um deslizamento de terra. E na avenida Carlos Peixoto, o corpo de um homem ainda não identificado foi encontrado sem vida, porém, ainda não se sabe a causa da morte.
Em entrevista, o prefeito afirma que a chuva foi acima do esperado, e que a zona sul foi a que mais sofreu. Marcelo Crivella ainda disse que o poder público trabalhará madrugada adentro para aliviar as áreas mais afetadas. Ainda, solicitou à população para evitar a zona sul, informando que a avenida Oscar Niemeyer deverá continuar interditada.
Segundo a Defesa Civil, foram registradas mais de 1.700 ocorrências, em mais de 20 comunidades no dia de ontem.
As chuvas no Jardim Botânico, bairro mais atingido, respondem por 36% do esperado para o mês. Além do mais, registraram-se alagamentos, sobretudo nas ruas Lopes Quintas e Pacheco Leão. Aproximadamente as 22h, parte da ciclovia Tim Maia desabou.
Esse é o quarto evento do tipo desde sua inauguração, em 2016. Dessa vez, sem vítimas.
Os estragos afetaram o funcionamento de diversas instituições de ensino. Escolas públicas e particulares, bem como universidades suspenderam as aulas nesta terça. Os transportes também sofreram com o temporal. O metrô de superfície e os ônibus estão operando com lentidão. Seis linhas de BRT seguem irregulares. O aeroporto Santos Dumont segue funcionando por instrumentos. Galeão, barcas, metrô e trens seguem com funcionamento normal. Vinte comunidades acionaram 39 sirenes, sobretudo na região do Maciço da Tijuca. Também foram registrados bolsões de água em 26 ruas, por toda a cidade.
Serviço de alerta da Defesa Civil
Segundo foi divulgado, a causa das chuvas seriam os ventos, nas camadas mais altas da atmosfera, aliados à baixa pressão no Atlântico. Por conta das cheias dos rios, estão ameaçados os municípios de Belford Roxo, Magé, Nova Iguaçu e Silva Jardim.
Por recomendação da Defesa Civil, a população deve se cadastrar no serviço de alertas do órgão. É só mandar o CEP para o número 40199, via SMS. O serviço é de graça para a população.