Uma frustrada tentativa de furto a dois bancos, ocorrida na madrugada desta quinta-feira (4), em Guararema, a 80 quilômetros de São Paulo, deixou pelo menos onze suspeitos mortos, de acordo com informações passadas pela Polícia. Uma família chegou a ser feita refém, mas não se feriu e o criminoso que a rendeu foi um dos mortos na ação. Ainda não foi apurado se os bandidos que fugiram conseguiram levar algum dinheiro.
Os alvos da quadrilha, composta por entre 25 e 30 bandidos, eram duas agências bancárias do centro da cidade. Uma do Santander e outra do Banco do Brasil, sendo a segunda vizinha de parede a uma delegacia de polícia.
A ação se deu por volta das 4h e foram encontrados diversos equipamentos e armamento pesado. “Equipamentos de última geração para, realmente, uma ação de guerra”, disse o comandante da Rota, tenente-coronel Mário Alves da Silva.
Foram apreendidas até o momento 13 armas, sendo sete fuzis, além de coletes à prova de balas e explosivos.
Quadrilha vinha sendo monitorada
De acordo com o comandante, a quadrilha já vinha sendo monitorada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e também pelo Ministério Público de São Paulo. O tenente-coronel ainda disse que a Polícia Militar foi alertada pela Promotoria e designou a Rota para fazer o monitoramento da região.
“Havia uma informação de que poderia acontecer esse roubo aqui”, disse.
Os criminosos não foram interceptados na entrada da cidade porque usaram uma estrada de terra para entrar na região.
A ação
A quadrilha chegou a explodir caixas nas duas agências e logo em seguida a Rota e o policiamento local tentaram deter a ação. O grupo se espalhou, fugindo em cinco carros. Houve perseguição e troca de tiros em diferentes pontos da cidade.
Um grupo foi abordado na estrada Hércules Campanholi, que liga Guararema e Santa Branca. Após troca de tiros, sete homens que participaram do assalto foram mortos. Outro assaltante foi baleado e morto em outro ponto da estrada e mais dois em um matagal.
Família refém
Na fuga um dos bandidos invadiu uma casa de um condomínio, fazendo o porteiro e o dono de uma residência como reféns.
De acordo com a moradora, o bandido bateu na porta da casa dizendo que tinha um refém e que se a porta não fosse aberta ele seria morto.
Ela conseguiu ir para um quarto enquanto que o marido, o funcionário e o bandido ficaram na sala. A mulher disse que o ladrão não queria se entregar e chegou a disparar um tiro para fora da casa. Ele acabou baleado e morto.
Nenhum morador da casa ou funcionário do condomínio ficou ferido, assim como os policias que participaram da ação.