Edi Alves Guimarães, de 53 anos, morreu na tarde desta segunda-feira (17), no Hospital Risoleta Neves, em Belo Horizonte. Ela estava internada no CTI desde a última sexta-feira (14), após inalar grande quantidade de fumaça, oriundas de pneus queimados durante os protestos contra a reforma da previdência. O óbito, de acordo com o hospital, foi registrado às 14h30.
Ela estava em um ônibus a caminho do trabalho, quando o veículo foi bloqueado na Avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha, próximo à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela foi socorrida por policiais militares e durante o caminho até o hospital, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias.
A Mulher, que morava em Santa Luzia, na região metropolitana da capital mineira, era mãe de oito filhos e trabalhava em Belo Horizonte. O tenente-coronel Bruno Assunção relatou ao site G1 que o ônibus em que Edi estava foi o primeiro a passar por onde os pneus eram queimados e por isso ela inalou grande quantidade de fumaça tóxica. A empresa onde ela trabalhava há dez anos fica bem próximo ao local onde foi montado o bloqueio com pneus.
Mulher não tinha problemas respiratórios
O coordenador do pronto-socorro do Hospital Risoleta Neves, Arthur Alberto Braga Guimarães, disse ao G1 que ela chegou ao local em estado grave e inconsciente. Após serem realizados procedimentos de reanimação, Edi foi entubada e levada para o CTI.
Em nota à imprensa, o hospital informou que parentes haviam relatado que Edi não tinha histórico de doenças respiratórias. Ela será sepultada na tarde desta terça-feira (18), no Cemitério Belo Vale, em Santa Luzia. A Polícia Militar informou ao site EM que os outros ocupantes do ônibus não sofreram intoxicação com a fumaça dos pneus.
A Polícia Civil irá investigar o caso.
Nas redes sociais, a morte de Edi Alves Guimarães provocou consternação e algumas pessoas enviaram mensagens lamentando o ocorrido. “Pessoa muito amável e muito querida”, dizia uma mensagem. “Quem Deus conforte a família da vítima”, postou outro.
Três são presos por tentarem incendiar ônibus
Em São Paulo, três rapazes que tentaram incendiar um ônibus coletivo durante os protestos da última sexta-feira (14), tiveram suas prisões preventivas decretadas. De acordo com relato do motorista ao G1, o fato ocorreu na Rua Consolação, no centro da cidade, quando os suspeitos entraram no coletivo carregando combustível e tentaram atear fogo no veículo com os passageiros dentro. Eles foram detidos pela polícia e levados para o 78º DP, onde foram indiciados por tentativa de incêndio e homicídio qualificado. Foram apreendidas garrafas de combustível, bobinas e isqueiros.