Um homem que está sendo procurado pela Polícia, suspeito de homicídio e tráfico de drogas, encontrou um jeito bem inusitado de despistar as autoridades. Usando um líquido vermelho, que ainda não se sabe se é ketchup ou simplesmente uma tinta, aplicado em algumas partes do corpo, ele pediu para que tirassem uma foto onde fingia que havia sido morto a tiros. O caso aconteceu em Moreno, cidade que fica na região de Recife, em Pernambuco.

Apesar da criatividade do suspeito, a tentativa de ludibriar as autoridades não deu certo e ainda rendeu uma sarcástica crítica do delegado que cuida do caso. "É bem grotesco, bem amador. Poderia ter feito uma simulação mais realista", disse Fábio Lacerda, da 13ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Na imagem, o homem identificado como Everson Leonardo Nascimento de Lima aparece deitado no chão com algumas manchas na camisa. A foto foi recebida pelo delegado através do aplicativo WhatsApp, mas a farsa foi prontamente desmascarada pelos investigadores.

O delegado disse que o suspeito acreditava que, ao fazer as autoridades pensarem que ele estivesse morto, encerraria o caso, que segue em andamento.

Um dos homicídios do qual Everson é suspeito aconteceu no último dia 5 de maio, e desde então a polícia está à sua procura. O delegado falou ainda que os familiares também desconhecem o paradeiro do suspeito.

Outro procurado

Além de Everson, também está sendo procurado pelo mesmo crime um homem identificado como Elias José do Santos Silva. De acordo com a polícia, os dois não agiam juntos, porém usavam de práticas bem semelhantes. Em um uma das fotos divulgadas pela Polícia Civil, Elias aparece usando uma roupa militar, mas a corporação desconhece se ele já serviu às Forças Armadas.

Everson não foi o primeiro a forjar a morte

Um foragido forjar a própria morte para tentar despistar a polícia não é novidade para as autoridades.

No ano passado, na cidade de Campo Mourão, no Paraná, um rapaz se usou do mesmo expediente para tentar escapar da prisão, mas não deu certo. Na ocasião, um rapaz de 22, acusado de diversos crimes, como assaltos, furtos e homicídio, comprou um vidro de ketchup, espalhou pelo corpo e tirou uma foto. Para dar mais dramaticidade à cena, ele ainda colocou no mesmo quadro uma Bíblia aberta. A imagem foi espalhada nas redes sociais e a postagem afirmava que ele havia sido assassinado.

Ciente que as autoridades haviam acreditado, ele seguiu levando sua vida normalmente. No entanto, a polícia seguiu investigando o caso, inclusive sua suposta morte. Ele foi preso dias depois e confessou a simulação e, além dos crimes pelo qual há tinha que responder, também teve que responder por mais este.