A Polícia Civil do Distrito Federal divulgou o laudo da morte do garoto Rhuan Maicon da Silva Castro, de 9 anos. O documento apontou que a criança foi decapitada ainda viva, quando recebeu um golpe inicial no peito e depois tomou 11 facadas nas costas.
O assassinato do menino aconteceu no final do último mês de maio, em Samambaia, na região administrativa do Distrito Federal. A mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, teria esquartejado o filho com ajuda da sua companheira, Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, de 28. Durante depoimento à polícia, as duas mulheres confessaram o crime e não demonstraram arrependimento.
Elas estão presas desde o último dia 1°.
A investigação foi encerrads e, de acordo com delegado Guilherme Melo, da 26º DP, as duas mulheres responderão pelos crimes de homicídio qualificado, tortura, ocultação de cadáver, fraude processual e lesão corporal.
Entenda o crime do menino Rhuan
Segundo as informações da polícia, o pequeno Rhuan estava dormindo quando foi assassinado pela mãe, Rosana, com auxílio da sua companheira, Kacyla. A investigação aponta que elas esfaquearam e esquartejaram a criança e ainda tentaram queimar partes do corpo na churrasqueira que tinha na casa onde moravam. E também teriam tentado se desfazer do cadáver, colocando o corpo dentro de uma mala e de uma mochila.
Os restos mortais de Rhuan foram localizados em dois lugares: na casa do casal em Samambaia e em frente à creche Azulão, onde Rosana deixou a mala.
Algumas pessoas viram a mulher, acharam suspeito o comportamento e ligaram para polícia.
Cárcere privado
Segundo a Polícia Civil, a crianças supostamente vivia em casa em cárcere privado e não estavam matriculadas na escola, para não chamar atenção, já que os pai estava procurando o filho. A polícia suspeita que há cerca de um ano, Rosana teria cortado o órgão sexual do filho.
Além de Rhuan, as duas criavam a filha de Kacyla, que testemunhou a morte de Rhuan. Após a descoberta do assassinato, a menina foi encaminhada para um abrigo.
No final de 2014, Kacyla sequestrou a menina, e o pai, Rodrigo Oliveira, de 29 anos, dirigiu-se ao Distrito Federal para reencontrar a sua filha logo após o crime. Assim como Rhuan, a menina foi sequestrada.
Rosana e Kacyla moravam no Acre, onde se conheceram e começaram o relacionamento. Rosana fugiu com o filho após ter perdido a guarda do menino na Justiça.
De acordo com o pai da menina, ele e o avô de Rhuan tentaram encontrar as duas, mas era muito difícil encontrá-las pois elas mudavam muito de cidade e de estado.
A motivação do crime, de acordo com Rosana, foi a ligação que ela tinha com o pai da criança, pois, ela considerava que ele era um impedimento para o seu relacionamento com Kacyla.