Autoridades chilenas investigam a morte da brasileira Giovanna Elias Bardi, de 35 anos, encontrada morta no último sábado (6), em um quarto de hotel em Santiago. Ela viajava ao Chile sozinha e as causas da morte ainda são desconhecidas. A tradutora morava em Sorocaba, no interior de São Paulo, e havia programado uma viagem de quatro dias ao país sul-americano. Era a primeira vez que ela viajava ao exterior desacompanhada e seu último contato foi feito na quinta-feira (4). O retorno para o Brasil deveria ter ocorrido na sexta-feira (5).

Como não atendia as chamadas e não respondia as mensagens, os familiares e o namorado ficaram preocupados e decidiram entrar em contato com o hotel onde ela havia ficado hospedada para tentar alguma informação.

Ao entrarem no quarto, os funcionários do hotel encontraram a brasileira sem vida.

De acordo com informações passadas pela mãe de Giovanna, a tradutora não tinha problemas de saúde. Em entrevista concedida ao portal G1, o namorado da brasileira, Leandro Bonello, o quarto onde a tradutora estava não era aquecido por gás e sim por ar-condicionado. "Começamos a ficar preocupados porque ela não respondia as mensagens", disse o rapaz de 33 anos.

Leandro, que chegou ao Chile nesta segunda-feira (8) junto com a sogra, também revelou que na porta do quarto da brasileira havia uma placa escrito "não perturbe". Objetos da tradutora que estavam no quarto passarão por perícia. A TV Globo entrou em contato com a companhia de gás de Santiago, que disse não ter relatado nenhuma ocorrência no hotel onde a brasileira morreu.

O Consulado-Geral do Brasil emitiu uma nota onde afirmou que está acompanhado o caso. Ainda não há previsão de quando o corpo da brasileira será liberado. Também não há previsão de quando ocorrerá o velório e o enterro.

Em maio, família inteira morreu no Chile

Este não é o primeiro caso de turistas brasileiros que morrem em viagem ao Chile nos últimos meses.

Em maio passado, uma família inteira morreu em Santiago e suspeita-se que a causa tenha sido um vazamento de gás ocorrido no apartamento que eles haviam alugado para passar o final de semana. O grupo formado por seis pessoas, entre 41 e 13 anos, sendo dois casais e dois adolescentes, havia viajado para a capital chilena para celebrar um aniversário.

No mês passado, duas crianças brasileiras foram atingidas por fragmentos de uma rocha que se desprendeu de uma montanha e também morreram. Khálida Trabulsi Lisboa, de 3 anos, e Isadora Bringel, de 7 anos, passeavam com suas famílias perto da barragem de El Yeso, na Cordilheira dos Andres, quando uma rocha se desprendeu e os pedaços atingiram os turistas.