O homem apontado como o principal suspeito pela morte do garoto Yuri Ruan Francisco Gonçalves, de 12 anos, ocorrido no último dia 16 de julho, em Itapevi, na Grande São Paulo, confessou a autoria do crime, segundo a Polícia.

Luís Carlos da Silva, de 29 anos, teria dito em depoimento que, após violentar o menino, matou-o por medo de que ele contasse para a família o que aconteceu, uma vez que ele era vizinho da vítima e bastante conhecido dos familiares. O menino havia saído de casa para soltar pipa e depois não foi mais visto.

O corpo foi encontrado uma semana após o desaparecimento do garoto, na estrada das Pitas, uma área de difícil acesso entre os municípios de Jandira e Itapevi, na Grande São Paulo, com um saco na cabeça e marcas de agressão.

A polícia acredita que o menino, após ser violentado, foi asfixiado com um saco plástico. No local onde estava o corpo também foi encontrado um documento de identidade do suspeito, que se entregou em uma delegacia de Registro, no interior de SP.

O delegado Aloisio Ribeiro Neto disse que Luís Carlos escolheu Yuri por se tratar de uma pessoa conhecida. A família disse que conhecia o assassino há cerca de 15 anos.

O suspeito, que é casado e pai de dois filhos, irá responder por homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver e as autoridades não descartam a possibilidade da participação de um segundo envolvido no crime. Ele já havia sido preso por abuso da enteada e do irmão, chegando a ficar preso pouco menos de um ano por pedofilia.

"Os antecedentes corroboram realmente que ele seria o autor do crime", disse o delegado. Yuri foi velado e sepultado na manhã desta terça-feira (23), no Cemitério Municipal de Jandira.

'Destruiu os sonhos do meu filho'

Após descobrir a identidade do suspeito de assassinar o filho, a mãe do garoto, Yara, disse que o assassino sabia do desespero da família.

"Ele destruiu os sonhos do meu filho", disse a mulher, que reconheceu o corpo do filho por meio de uma cicatriz que ele tinha em um dos pés.

O suspeito chegou a ficar uns tempos morando na casa de uma tia do garoto quando estava desempregado e, de acordo com os parentes, tratava-se de um homem gentil e que não dava trabalho.

"Ele morou um tempo na casa da minha irmã", disse.

Suspeito confessou o crime para a mãe

Em entrevista dada à Record TV, a mãe de Luiz disse que ele admitiu o crime por meio de uma mensagem de aplicativo e ameaçou se suicidar caso a polícia fosse acionada. "Ele mandou um áudio dizendo eu matei", disse ela.

Ainda de acordo com a mãe do suspeito, sua esposa teria dito que ele chegou em casa após cometer o crime como se nada tivesse acontecido. A mãe do suspeito relatou ainda que ele poderia ter feito isso com qualquer um. "Se ele fez isso com uma criança, ele podia ter feito comigo", disse ela.