Foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (24) as identidades de três das quatro pessoas presas nesta terça-feira (23), suspeitas de terem sido responsáveis pela invasão do celular no ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Dois deles já tem passagens pela Polícia por estelionato. Os dois homens são de Araraquara, no interior de São Paulo, e se conhecem desde a infância, enquanto a mulher detida é companheira de um deles e morou na cidade durante algum tempo.
Um dos presos é o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos. Em 2015 ele foi condenado por receptação e falsificação de documento, tendo cumprindo seis anos e meio de prisão em regime semiaberto.
Ele foi detido quando estava em um apartamento em São Paulo junto com a mulher Suelen Priscila de Oliveira, que não teve sua idade revelada e também foi presa. A defesa do casal diz não acreditar que eles estejam envolvidos no crime.
Em 2013 Gustavo foi preso acusado de ter receptado uma caminhonete Hillux, avaliada em R$ 91 mil e que estava com documentos e placas adulterados. Em sua casa também foram apreendidos simulacros de armas de fogo, além de munições. Em razão desses crimes ele foi condenado a seis anos e meio de prisão em regime semiaberto. Nesta terça a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa da mãe de Gustavo, que fica na periferia de Araraquara.
Vermelho
O terceiro detido é Walter Delgatti Neto, de 30 anos.
Conhecido como Vermelho, ele já foi detido anteriormente por falsidade ideológica, falsificação de documentos e tráfico de drogas. Um dos crimes que teria sido cometido por Walter aconteceu em 2012, quando ele pagou a conta em um hotel onde ficou hospedado, no valor de R$ 750, com o cartão de crédito de um homem de 75 anos.
Por conta do crime ele pegou um ano de prisão em regime aberto.
Em 2015, Walter, que estava na ocasião em companhia de Gustavo, foi preso tentando entrar em um parque temático de Santa Catarina usando uma carteira falsificada com inscrições da Polícia Civil. Dentro de seu carro havia armas e munições.
Dois anos mais tarde ele voltou a ser detido, desta vez por tráfico de drogas e falsificação de documentos.
Ele tinha uma carteira de estudante de medicina da USP onde constava dados de outra pessoa, mas havia sua foto. Pelos crimes, foi condenado a dois anos e meio de prisão.
No ano passado ele foi julgado por estelionato cometido em 2015. Na época, usando um cartão de crédito furtado ele fez diversas compras e por conta disso foi condenado a dois anos e meio de prisão em regime semiaberto. De acordo com o site O Antagonista, ele seria filiado ao DEM de Araraquara.
Na terça-feira a PF cumpriu mandados de prisão na casa da avó de Vermelho, mas não há informações do que foi apreendido lá.