A tragédia de Brumadinho, que aconteceu há mais de cinco meses, após o rompimento de uma barragem, causou 246 mortes e deixou 24 pessoas desaparecidas. Na noite da última quarta-feira (3), o Corpo de Bombeiros, que ainda segue fazendo buscas na região, encontrou uma nova vítima, conforme a corporação informou à imprensa.

Homem estava entre os desaparecidos

No último 25 de junho completou cinco meses da tragédia e a equipe do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais continua fazendo buscas por corpos de vítimas em Brumadinho. Após centenas de mortes, mais um homem acaba entrando para a estatística das pessoas atingidas pela lama que se formou no local após rompimento da barragem em janeiro de 2019.

De acordo com a corporação, não há a identificação exata de quem seja a vítima, mas trata-se de um corpo do sexo masculino. Ainda segundo a equipe de resgate, o homem teria sido localizado na área denominada Remanso 1 e trazia junto consigo um documento de identidade, que acaba conferindo com um nome presente na lista dos desaparecidos.

“Ele estava praticamente intacto", descreveu o corpo de bombeiros, que também informou que o corpo foi encaminhado ao IML. Por volta das 22h de ontem (3), o Instituto Médico Legal de Belo Horizonte confirmou a chegada do corpo e informou que já havia sido iniciado o processo de identificação.

Com a confirmação de mais uma morte, sobe para 247 o número de vítimas fatais confirmadas na tragédia em Brumadinho.

Outro corpo localizado praticamente intacto

No mês passado, bombeiros que seguiam com as buscas em Brumadinho informaram à imprensa que um novo corpo havia sido localizado em meio à lama, meses após a tragédia em Minas Gerais. Na época, o tenente da corporação, Pedro Aihara, conversou com a imprensa e falou das prováveis causas que teriam mantido o corpo em tal estado.

O tenente disse que o rejeito de minério de ferro, que foi exposto com o rompimento da barragem e causou uma maré de lama, acabaria agindo como uma espécie de barreira, protegendo o corpo da decomposição. Segundo ele, o material que seria puramente mineral, acabaria evitando a atividade orgânica natural do corpo após a morte.

Mesmo com alguns casos de corpos localizados praticamente intactos no local da tragédia, é praticamente impossível achar a maioria das vítimas em tal estado devido ao tempo em que o rompimento da barragem teria acontecido e vitimado pessoas que estavam no local.

Na maioria das vezes, os corpos são encontrados em estado avançado de decomposição, o que acaba dificultando o trabalho da equipe do IML, que acabam recorrendo a exames de DNA para que a identidade das vítimas possa ser descoberta.

Mesmo após 5 meses de buscas, a equipe do corpo de bombeiros segue com o trabalho incessante à procura de novas vítimas. Ainda não há previsão de quando as buscas serão encerradas em Brumadinho.