Débora Dantas de Oliveira, a jovem de 19 anos que teve o couro cabeludo arrancado após um acidente de kart, foi submetida a um transplante de músculo e pele. O procedimento foi realizado no Hospital Especializado de Ribeirão Preto, em São Paulo, e chegou a durar cerca de nove horas. Mesmo cinco dias após o transplante, a jovem de apenas 19 anos, ainda permanece internada na UTI da unidade hospitalar.
De acordo com informações obtidas por meio de um boletim médico, Débora precisou fazer um curativo, sem intercorrências, no centro cirúrgico do local.
Nessa ocasião, a jovem apresentou uma ótima evolução do retalho microcirúrgico.
Eduardo Tumajan, namorado de Débora, está acompanhando todo o tratamento. Atualmente, ele está hospedado no próprio centro hospitalar em que a moça vem sendo tratada. Débora foi transferida do Recife, local onde aconteceu o acidente, para o interior de São Paulo para dar prosseguimento ao tratamento.
Diariamente, Eduardo visita a namorada. Durante essas visitas, que ainda ocorrem de maneira limitada, uma vez que a jovem se encontra na UTI, ele descreve o clima como otimista. Além disso, Eduardo aponta que Débora apresenta paciência, visto que a jovem ainda precisará passar por diversos procedimentos com o objetivo de reconstruir a área prejudicada pelo acidente.
A respeito das visitas, Eduardo destaca que somente pode estar com Débora em dois momentos do dia. Esses momentos, por sua vez, têm a duração de 30 minutos. Ele destaca que conversa com a namorada durante essas visitas, serve o seu jantar e ainda procura meios de transmitir alegria a Débora, de modo a fazer com que a sua recuperação seja mais rápida.
Entretanto, o jovem destaca que ela está sempre sorrindo e se mostra confiante de que tudo dará certo.
Transplante de pele e músculo
O transplante de Débora aconteceu ainda no último sábado (24). A pele e os músculos usados na ocasião foram retirados das costas da própria paciente. Sobre o procedimento, é importante destacar que ele mobilizou uma equipe composta por cinco microcirurgiões e dois anestesistas.
Essa mesma equipe foi a responsável pela reconstrução das pálpebras e de uma parte da testa da jovem, que aconteceu apenas dois dias antes do transplante, na quinta-feira (22).
Para assegurar o funcionamento do transplante, os profissionais religaram artérias e veias, de modo que o fluxo sanguíneo do local pudesse ser garantido. Devido a isso, é possível afirmar que a cirurgia demandou o máximo de precisão por parte da equipe, uma vez que os vasos sanguíneos são bastante finos, chegando a possuir somente dois milímetros de espessura.
Além dos procedimentos descritos, a jovem ainda precisará passar por um tratamento envolvendo uma câmara hiperbárica.