Durante a manhã dessa terça-feira (20), um sequestrador manteve 37 pessoas reféns dentro de um ônibus na ponte Rio-Niterói, no sentido do Rio de Janeiro. O cerco chegou a durar três horas até que agentes do Bope, posicionados estrategicamente, conseguiram matar o criminoso e liberar as vítimas.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, saiu em defesa da ação dos policiais militares envolvidos no resgate dos passageiros. De acordo com Bolsonaro, não se deve ter pena de criminosos.

O presidente apontou que ficou sabendo do caso e afirmou que, para ele, a solução adotada seria mesmo os snipers, atiradores de elite responsáveis por abater o sequestrador.

Durante a sua fala, Bolsonaro ainda destacou que, para ele, o “cidadão de bem” não deve falecer em decorrência da ação de criminosos.

Entretanto, a fala em questão foi feita antes mesmo que o sequestrador fosse executado pelo Bope. Logo em seguida, via Twitter, o presidente comemorou a desfecho da ação.

Após a ação dos policiais militares, um porta-voz da corporação, o coronel Mauro Fliess, confirmou que o sequestrador estava mesmo morto e ainda afirmou que a arma usada pelo homem durante o crime era de brinquedo.

Entretanto, Fliess também ressaltou que o criminoso portava uma faca e uma arma de choque, além de ter jogado combustível no veículo e ameaçado incendiá-lo.

O sequestrador foi identificado posteriormente como William Augusto da Silva, de apenas 20 anos. Ele foi atingido pelo Bope por volta das 9h.

O porta-voz da PM afirmou que nenhum dos 37 reféns foi ferido durante o sequestro, mas que após a morte do criminoso o devido amparo médico estava sendo prestado às vítimas.

Além disso, Fliess também destacou que as pessoas que apresentavam a necessidade de atendimento psicológico também estavam recebendo.

Durante a entrevista de Jair Bolsonaro a respeito do caso, o presidente aproveitou para rememorar o sequestro do ônibus 174, que aconteceu ainda no ano 2000. Na ocasião, a professora Geisa Firmo Gonçalves acabou sendo morta pelo sequestrador do veículo, Sandro Barbosa Nascimento.

A respeito dessa ocasião, Bolsonaro destacou que não foram usados snipers e Geisa acabou falecendo. Posteriormente, o sequestrador morreu no camburão da polícia. Devido a isso, o presidente da República acredita que não se deve ter pena de criminosos.

Wilson Witzel comenta o caso

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel esteve presente no local do sequestro por volta das 9h40, depois que o criminoso foi neutralizado pelo Bope.

Durante a sua fala nessa ocasião, o governador afirmou que os agentes responsáveis por atirar no sequestrador serão promovidos e que essa promoção já foi solicitada por ele. Para o governador, os PMs em questão se destacaram por sua bravura.

Além disso, Witzel também aproveitou a ocasião para elogiar o trabalho da polícia e apontar que, ao contrário do que os partidos de oposição afirmam, a Polícia Militar possui a capacidade de preservar vidas durante as suas ações.