Na manhã dessa terça-feira (20), um ônibus foi sequestrado na ponte Rio-Niterói. O cerco ao veículo durou um total de 3 horas, até que os atiradores de elite da Polícia Militar conseguissem encontrar uma oportunidade de neutralizar o sequestrador e encerrar o horror dos 37 passageiros que estavam a bordo do veículo. Felizmente, nenhum dos passageiros foi ferido durante o sequestro.
O crime aconteceu por volta das 6h da manhã. O homem responsável pelo sequestro, que foi identificado como Wilian Augusto da Silva, entrou no ônibus portanto uma arma de choque, uma faca e uma arma de fogo – que, posteriormente, as autoridades constataram ser um brinquedo.
A respeito do sequestro, a esposa de uma das vítimas compartilhou um relato bastante perturbador junto ao Portal G1. De acordo com a mulher, ela foi avisada por seu próprio marido, que estava a bordo do veículo, de que o ônibus estava sendo sequestrado na ponte.
A mulher afirmou que seu marido havia saído de casa às 4h30 para ir ao trabalho. Pouco tempo depois, por volta das 5h30, ela recebeu uma mensagem de seu companheiro informando-a do sequestro e avisando que o veículo seguia em direção à ponte Rio-Niterói.
A esposa da vítima afirma que, em um primeiro momento, pensou que se tratava de um assalto. Após ler a mensagem, ela acordou o filho do casal para informar que o pai estava sendo assaltado.
Eliziane Terra, a mulher em questão, também chegou a ligar para o 190 para informar as autoridades competentes a respeito do que estava acontecendo.
Não ameaçava reféns
Ainda a respeito do sequestro, ela informou que, de acordo com seu marido, o criminoso não chegou a fazer nenhum tipo de ameaça contra a vida dos reféns. A mensagem foi enviada a ela por volta das 8h50, enquanto o cerco ainda estava acontecendo.
Eliziane ainda destacou que após um tempo do sequestro, o seu marido ainda estava conseguindo visualizar as mensagens enviadas por ela. Entretanto, ele não as respondia. Posteriormente, os policiais informaram aos veículos de comunicação que o criminoso havia jogado gasolina no ônibus sequestrado. Tal informação fez com que Eliziane se sentisse ainda mais apavorada.
Ela também apontou que tanto o seu marido quanto o seu filho já passaram por situações de assalto a bordo de veículos da viação Galo Branco, a mesma responsável pelo ônibus sequestrado. Entretanto, para ela, essa situação é completamente diferente. Eliziane apontou que roubos de objetos como telefones celulares e carteiras são frequentes no ônibus dessa empresa, mas que sequestros nunca haviam acontecido.
O esposo de Eliziane tem o hábito de pegar os ônibus da viação Galo Branco diariamente, uma vez que depende do transporte para chegar ao trabalho. Uma vez que chega ao Rio de Janeiro, ele ainda precisa pegar mais um transporte, que o leva até Copacabana, bairro localizado na Zona Sul, região onde o homem trabalha.
Por fim, Eliziane também destacou o medo que a situação provocou nela por fazer com que ela chegasse à conclusão de que sua família está vivendo em um local sem leis. Nesse sentido, ela destacou a incerteza que se tem ao sair de casa, uma vez que não é possível ter certeza de um retorno ao fim do dia.