Dois dias após o caso que chamou a atenção de todo o Brasil, quando um rapaz de 20 anos foi morto após sequestrar e ameaçar incendiar um ônibus, o Rio de Janeiro voltou a registrar um crime similar nesta quinta-feira (22).

De acordo com o jornal O Dia, no início da tarde, por volta das 12h40, Edvaldo Ribeiro de Farias tentou incendiar um ônibus, na rua Barata Ribeiro, em Copacabana, zona sul da cidade. O suspeito entrou no coletivo, que no momento transportava seis passageiros, tirou um líquido da mochila, jogou sobre os bancos, ateou fogo e fugiu.

Segundo uma publicação do jornal O Globo, para impedir que as chamas se alastrassem, o motorista do ônibus, Rafael Silva dos Santos, de 33 anos, usou um extintor de incêndio, mas não evitou que alguns dos passageiros entrassem em pânico. "As pessoas em pânico pularam a roleta, mandando eu parar o ônibus", contou o condutor. "O homem estava com duas facas e dizia que iria se matar", completou.

Ainda próximo ao local, o suspeito desferiu vários golpes de faca em si mesmo, na altura do peito e da barriga. Ele foi encaminhado ao Hospital Miguel Couto com o quadro clínico estável. Edvaldo Farias, que havia deixado a cadeia há pouco mais de um ano, acumula passagens pelos crimes de ameaça e homicídio.

Em entrevista ao G1, a delegada Valéria Aragão, da 12ª DP de Copacabana, citou que o suspeito ficará preso sob custódia no hospital e será autuado em flagrante por dano qualificado e incêndio qualificado.

Sequestrador do ônibus Rio-Niterói é enterrado

Foi enterrado na tarde desta quarta-feira (21), no Cemitério Parque da Paz, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, o corpo de Willian Augusto da Silva, morto por um atirador de elite da Polícia Militar, após sequestrar um ônibus e manter 39 passageiros reféns na ponte Rio-Niterói.

Segundo o portal G1, a mãe do jovem passou mal durante o sepultamento, frequentado por amigos e familiares do jovem.

O suspeito, de 20 anos, foi baleado após descer do coletivo para lançar um casaco na direção dos policiais. Ele foi ferido no antebraço esquerdo, na perna esquerda, braço esquerdo e duas vezes no tórax. De acordo com o G1, após uma primeira análise, foi constatado que o corpo de Willian teve seis perfurações de bala.

No entanto, isso não significa que ele foi alvejado por seis disparos, uma vez que um mesmo tiro pode ter causado mais de um ferimento.

Willian Augusto da Silva chegou a ser encaminhado com vida ao Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, mas chegou ao local em parada cardiorrespiratória e não resistiu. Todos os reféns foram liberados sem ferimentos.