Uma jovem de 17 anos é a sexta vítima de bala perdida em cinco dias durante operações da polícia em comunidades do Rio de Janeiro. Margareth Teixeira morreu após ser baleada em Bangu, zona oeste da cidade, nesta terça-feira (13). Ela estava com o filho de um ano e nove meses no colo, que ficou ferido no pé e ainda continua internado.

Na operação que terminou com a morte da jovem e a criança ferida, outros dois homens também foram mortos. A Polícia diz que os dois suspeitos estavam com fuzis e abriram fogo contra os PMs. Com esses suspeitos também teriam sido encontrados duas pistolas, munição, uma granada e rádios transmissores.

Ainda de acordo com a corporação, após o fim do tiroteio, a jovem e seu filho foram encontrados baleados e levados para o Hospital Albert Schweitzer.

Seis mortos entre sexta e terça

Entre as 7h da última sexta-feira (9) e as 19h30 de terça-feira (13), outros cinco rapazes, além da jovem mãe, foram mortos em decorrência de balas perdidas. A polícia chegou a afirmar que três deles eram suspeitos, mas as famílias de todos negam qualquer envolvimento deles com a criminalidade.

Gabriel Pereira Alves, de 18 anos, foi a primeira das seis vítimas. Ele estava em um ponto de ônibus na rua Conde de Bonfim, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, próximo ao Morro do Borel, quando teve início um tiroteio.

Gabriel foi atingido no peito, chegou a ser levado para o Hospital São Francisco, que fica nas proximidades, mas não resistiu.

Ainda na sexta-feira ocorreram outras duas mortes. O soldado e paraquedista Lucas Monteiro dos Santos Costa, de 21 anos, e seu amigo, Tiago Freitas, também de 21, participavam de uma festa quando, de acordo com relato de testemunhas, policiais que estavam perseguindo um suspeito entraram na casa já atirando.

Lucas e Tiago foram atingidos e morreram no local.

A quarta vítima foi Henrico de Jesus Viegas de Menezes Júnior, de 19 anos. Na segunda-feira (12), ele foi atingido na cabeça quando havia acabado de chegar na Comunidade Terra Nova, onde tinha ido buscar sua moto que estava na manutenção.

Também na segunda-feira, o jogador Dyogo Costa Xavier de Brito, das categorias de base do América, levou um tiro nas costas quando estava indo para mais um treino.

Ele passava no local na hora que havia uma troca de tiros entre policiais e bandidos em Niterói. Ele foi socorrido pelo avô, que é motorista de ônibus e passava pelo local justamente na hora em que o neto foi baleado. O rapaz chegou morto ao hospital.

O motorista Cristovão Xavier de Brito disse que no momento que socorria o neto foi informado por um PM, que o rapaz portava entorpecentes, mas o avô nega que o rapaz era traficante e diz que na mochila ele carregava a chuteira e dinheiro para condução, que desapareceram.