Após ocorrer o massacre no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, na última segunda (29), voluntários do programa social Universal nos Presídios (UNP) se dirigiram ao local para prestar auxílio social aos familiares e amigos dos detentos que aguardavam por notícias dos seus entes queridos.

Como a penitenciária fica em uma região distante da área urbana, o grupo montou uma tenda em frente à unidade para oferecer água, alimento e suporte emocional.

O diretor da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), Maurício Miranda do Nascimento, agradeceu o apoio dos integrantes do programa social.

"Parabenizo a UNP por, de imediato, ter dado assistência para essas famílias", afirmou.

Segundo o responsável pela UNP da região, Moisés Freitas do Carmo, os voluntários continuam prestando assistência aos familiares das vítimas mesmo após três dias do ocorrido. "Estamos em frente ao Instituto Médico Legal (IML), localizado na região central de Altamira, o dia todo. E vamos permanecer aqui, até que a última pessoa seja atendida", afirmou.

Mortos

As informações são de que o confronto foi iniciado pelo Comando Classe A (CCA) contra membros do Comando Vermelho (CV). A tragédia registrou 58 mortes. Após a rebelião, 46 internos tiveram de ser transferidos.

Na manhã de quarta-feira (31), a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informou que quatro deles foram encontrados mortos com sinais de sufocamento durante o transporte para Belém. Com isso, o número de vítimas no confronto chega a 62, este é o maior massacre em presídios desde o ocorrido no Carandiru, na cidade de São Paulo, em 1992, que deixou 111 detentos mortos.