Agentes da Polícia Civil prenderam temporariamente neste último sábado (14) o pai, a mãe e o tio de uma bebê de apenas 8 meses por suspeitas de matarem a criança na última sexta-feira (13), em Rondônia.
A menina ainda chegou a ser socorrida e encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, mas não resistiu e morreu antes mesmo de chegar na unidade de saúde. De acordo com o médico do UPA que atendeu a criança, ele não sabe dizer ao certo a causa da morte da menina, mas afirmou que no corpo dela havia sinais claros de violência sexual e mencionou que deveriam realizar um exame mais completo para saber se a criança teria sido uma vítima de abuso.
Após a morte da menina, a polícia foi acionada e a família foi chamada à delegacia para o esclarecimento dos fatos. Em depoimento, a mãe da criança relatou que estava dormindo e acordou para amamentá-la e depois voltou a dormir. Ela ainda menciona que o marido acordou nesse período, fez café e se dirigiu para a casa da mãe dele, que fica de frente para a da família, onde foi assistir televisão.
Depois disso, a mulher contou que um pouco mais de duas horas, o tio da criança teria chegado na residência para almoçar e ficou conversando com o pai da menina, que ainda estava na residência da mãe. Por volta das 11h, ela se dirigiu para a casa da frente para também almoçar. Nesse período ela relatou que não percebeu nada de anormal ocorrendo.
Instantes depois, a mãe da criança percebeu que a irmã da bebê, de 2 anos de idade, teria começado a chorar, foi ver o que tinha ocorrido e percebeu que a bebê de oito meses estava sem os sinais vitais.
A mulher contou que neste momento o marido e ela pediram ajuda a uma vizinha e imediatamente levaram a criança para UPA, mas ela já chegou morta no atendimento de emergência.
Conforme o delegado responsável pela investigação do caso, Pedro Palharini, o depoimento da mãe da criança, do pai e o do tio são bem contraditórios, e por conta disso a prisão foi realizada, para que haja uma investigação mais apurada sobre os fatos. Ainda segundo o delegado, na medida em que todos se contradizem, há uma possibilidade de que eles estejam tentando ocultar alguma responsabilidade de um deles, ou até mesmo dos próprios três no envolvimento do crime.
Equipes da Polícia Militar foram até o imóvel da família para procurar por provas, mas não encontraram nenhum vestígio de sangue na casa, nem nos lençóis e nem nas roupas da criança.
Os investigadores agora irão esperar pelos resultados do exame cadavérico da bebê para saberem de fato a real causa da morte da menina e também sobre a possível violação sexual.
Todos foram levados para presídios do estado
A mulher, de 21 anos, foi encaminhada para o complexo penitenciário feminino de Porto Velho. Já o pai e o tio da criança foram levados para o presídio Pandinha, situado na capital do estado.
Como o caso está sendo tratado como crime hediondo, o prazo da prisão temporária será de 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30 no decorrer das investigações.