Procuradores do Ministério Público do Paraná pediram nesta sexta-feira (27) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril do ano passado, passe a cumprir sua pena em regime semiaberto. A petição foi assinada por 14 procuradores, entres eles o comandante da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Segundo o Ministério Público, o regime semiaberto é um direito de Lula, por apresentar bom comportamento e já ter cumprido um sexto da pena. "Uma vez certificado o bom comportamento carcerário (...) requer o Ministério Público Federal que seja deferida a Luiz Inácio Lula da Silva a progressão ao regime semiaberto" (...) Por fim, o cumprimento da pena privativa de liberdade tem como pressuposto a sua execução de forma progressiva (...) visando à paulatina reinserção do preso ao convívio social", afirmaram os procuradores.

De acordo com a defesa de Lula, ele deve ter a liberdade plena, pois, segundo seus advogados, não cometeu nenhum crime. "O ex-presidente Lula deve ter sua liberdade plena restabelecida porque não praticou qualquer crime e foi condenado por meio de um processo ilegítimo e corrompido por flagrantes nulidades", diz a defesa.

A prisão do presidente Lula

Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, decretou a prisão do ex-presidente no dia 5 de abril de 2018, condenado no caso do tríplex de Guarujá.

Lula se entregou à Justiça no dia 7 de abril de 2018, após se manter por dois dias na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande SP.

Os condenados pela Lava Jato

Políticos importantes foram presos, entre eles, o ex-ministro da casa civil José Dirceu, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o ex-ministro da Casa Civil Antônio Palocci e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Alguns empresários também foram presos, entre eles os acionistas da JBS, Joesley e Wesley Batista, e Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais J&F.