Um policial militar de 36 anos é suspeito de matar a mulher e um corretor de imóveis a tiros. O crime aconteceu na noite do último sábado (5), em Paranaíba, cidade que fica a 407 quilômetros de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. De acordo com informações passadas pela Polícia, o motivo do duplo homicídio foi a descoberta uma traição.
Ainda de acordo com informações passadas pelas autoridades, por volta das 20h, o policial militar ambiental Lúcio Roberto Queiroz Silva foi até a casa do corretor de imóveis Fernando Enrique Freitas, de 31 anos, e o matou a tiros.
"Ele foi armado até a casa do corretor de imóveis (...) entrou na residência e assassinou Fernando a tiros", disse a delegada Eva Maira Cogo, responsável por investigar o caso.
Uma das testemunhas ouvidas pela polícia contou que o policial chegou até a casa do corretor perguntando por ele e entrou no imóvel. Ao se deparar com Fernando, Lúcio teria dito: "está conversando com minha esposa" e teria pedido para ver o aparelho celular do homem, mas antes que o corretor pudesse fazer algo, ele efetuou pelo menos três disparos contra a vítima.
Após cometer o primeiro assassinato, ainda de acordo com a polícia, Lúcio pegou seu carro e foi até a casa da família, onde também a tiros matou a esposa Regianni Araujo, de 32 anos, em frente ao próprio pai, e depois fugiu.
O homem que presenciou o segundo assassinato ainda tentou impedir que o filho atirasse na nora, mas não conseguiu.
Ele é considerado foragido e a Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias. Regianni tinha dois filhos. Um adolescente de 15 anos, fruto de um relacionamento anterior, e uma menina de sete anos, que é filha do policial.
Mulher de corretor enviou prints a policial
As investigações feitas pela polícia indicaram que foi a esposa do corretor de imóveis quem mostrou para o policial as conversas entre Fernando e Regianni que apontava um relacionamento entre os dois.
De acordo com a delegada, depois de ver as mensagens o homem teria ido até a casa do corretor e o matado.
A delegada destacou ainda que como a cidade é pequena, os assassinatos ocorreram em um curto espaço de tempo.
'Nunca teve deslizes', diz coronel
O tenente-coronel Ednilson Queiroz, da Polícia Militar Ambiental, onde Lúcio Roberto atua, disse que até a manhã desta segunda-feira não havia tido notícias sobre o paradeiro do policial, que dias antes do duplo assassinato cumpriu expediente normalmente.
"O comandante irá nos avisar de qualquer movimentação", disse Queiroz. "Dias antes, ele estava trabalhando normal e nunca teve deslizes", seguiu.
Lúcio está na corporação desde 2008 e ingressou na Polícia Militar Ambiental em setembro de 2015.