Nessa sexta-feira (8), às 16h21, Danilo Pereira Júnior autorizou a soltura do ex-presidente Lula. O alvará foi concedido por Danilo Pereira Júnior, juiz federal que está substituindo Carolina Lebbos em seu período de férias. Lebbos somente retornará no dia 22 de novembro.
O alvará foi expedido após um pedido dos advogados de Lula, protocolado por volta das 11h, também nessa sexta-feira (8), e encaminhado para o juiz por volta das 12h50. Desde então, o magistrado estava apto a dar a sua sentença.
A petição foi possível depois de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão acabou por derrubar a prisão automática do ex-presidente, que aconteceu depois de uma condenação em segunda instância.
Segundo informações fornecias por Gleisi Hoffman, que atualmente ocupa o cargo de presidente do Partido dos Trabalhadores, Lula já tem uma agenda a cumprir depois da sua soltura, que acontecerá a qualquer momento.
A primeira parada do ex-presidente será uma vigília organizada por vários militantes do PT em frente à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula está preso.
Após a vigília, o ex-presidente deverá seguir para o Sindicato dos Metalúrgicos, localizado na cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. No local, Lula encontrará mais amigos e militantes.
Até o presente momento, não existem detalhes a respeito do esquema de segurança montado para acompanhar Lula em sua saída da prisão. No momento, várias pessoas estão aglomeradas ao redor da Polícia Federal esperando pela liberação do ex-presidente, acompanhados por bandeiras e faixas do Partido dos Trabalhadores.
Condenação em abril de 2018
O ex-presidente Luiz Inácio da Silva foi preso em abril de 2018, em decorrência da condenação no caso do tríplex de Guarujá. Devido a isso, Lula cumpria pena de 8 anos e 10 meses pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.
Uma vez que o ex-presidente já havia cumprido uma parte de sua pena, poderia abandonar o regime fechado e passar para o semiaberto.
Entretanto, Lula afirmou que não desejava fazer isso. De acordo com os advogados do petista, como a condenação foi injusta, deveria haver a suspensão de todo o processo contra Lula.
Sobre o julgamento definitivo da sentença do petista, destaca-se que ele não tardará muito a acontecer e está previsto para o mês de dezembro. Dessa forma, caso a Suprema Corte aceite os argumentos apresentados pela defesa de Lula, a sentença do ex-presidente poderá ser anulada.