Uma as vítimas da chacina que culminou na morte de quatro motoristas de aplicativo na cidade de Salvador, especificamente no bairro Jardim Santo Inácio, trabalhava como vigilante e dirigia pelo aplicativo para complementar a renda de sua família.

Genivaldo da Silva Filho, de 48 anos, foi morto pelos bandidos e até o presente momento ainda não se sabe as motivações para o crime. Também é possível afirmar que nenhum suspeito chegou a ser preso, mesmo que um deles tenha falecido durante um confronto com as autoridades, ocorrido na noite da última sexta-feira (13).

Genivaldo era natural da cidade de Laje, localizada na Bahia. Além disso, o vigilante era casado há 23 anos e pai de um filho.

De acordo com a esposa da vítima, Paula Bispo da Conceição, Genivaldo prestava serviços como motorista de aplicativo em seus dias de folga para ajudar na renda familiar.

Na ocasião em que foi morto, ele saiu de casa para trabalhar e nunca retornou. Paula ainda relatou, durante uma entrevista concedida ao UOL, que está sob o efeito de medicamentos para conseguir suportar a dor causada pelo falecimento de Genivaldo.

Familiares pressionam as autoridades responsáveis

Alguns membros da família de Genivaldo estiveram no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil durante a tarde do último domingo (15).

Na ocasião, os familiares do vigilante pressionaram para que o crime seja esclarecido com rapidez.

Durante a visita ao DHPP, um primo de Genivaldo, Joseílton Félix, chegou a afirmar que a vida de “um guerreiro” foi tirada pelos bandidos, visto que o seu primo trabalhava para conseguir vencer na vida futuramente.

Ainda durante essa ocasião, Ivanilda Felix, irmã da vítima, relatou que Genivaldo atuava como motorista de Uber há dois anos.

De acordo com ela, o irmão percebia no serviço prestado ao aplicativo uma maneira de melhorar a sua vida. Também durante a sua entrevista ao UOL, Ivanilda relatou que Genivaldo chegou a enviar uma mensagem de texto no grupo composto por seus familiares antes do trabalho.

Por fim, a irmã do motorista chegou a afirmar que ele era o porto seguro de toda a sua família e também era uma pessoa muito otimista, que sempre desejava o melhor para todas as pessoas.

De acordo com Ivanilda, a família ainda não consegue compreender os motivos para tamanha crueldade, visto que seu irmão possuía um bom caráter. Para ela, é algo muito triste perder um verdadeiro herói como Genivaldo. Ainda nessa ocasião, ela descreveu o vigilante como um “superirmão” e um “superfilho”.