A Polícia prendeu na madrugada desta quarta-feira (8) o morador de rua Flausino Campos, conhecido como Buiu. Ele é apontado como suspeito de ter colocado fogo no também morador de rua Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos, na madrugada do último domingo (5), na Mooca, bairro da zona leste de São Paulo.

Imagens de câmeras de segurança registraram o crime. A vítima, que chegou a ser internada na UTI do Hospital Municipal do Tatuapé com 70% do corpo queimado, morreu horas depois. Ele foi sepultado nesta quarta-feira (8), em Sergipe.

Buiu já teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça e será ouvido ainda na tarde desta quarta-feira.

A polícia chegou até o suspeito através de imagens das câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas, mas ainda não sabe se ele teve algum tipo de atrito ou desavença com Carlos.

Para o delegado responsável pelo do caso, o suspeito assumiu o risco de matar a vítima. O caso está sendo investigado pelo 18º Distrito Policial, do Alto da Mooca, na zona leste.

Vítima foi enterrada em Sergipe

O corpo de Carlos Roberto Vieira da Silva chegou no final da tarde desta terça-feira (7), no Aeroporto Santa Maria, em Aracaju, capital de Sergipe, e depois foi levado para o Povoado Lagoa Bonita, em Nossa Senhora da Glória, no Sertão do estado, local onde moram seus familiares.

Luiz Carlos Almeida, que é amigo da família, contou ao portal G1 que Carlos costuma se dividir entre o povoado e São Paulo, para onde ia trabalhar como coletor de material reciclável, mas nunca deixou de manter contato com os familiares.

“É uma tristeza muito a grande a crueldade da qual ele foi vítima”, falou.

Vítima dormia na hora que foi atacada

Na madrugada do último domingo (5), o morador de rua Carlos Roberto Vieira da Silva dormia perto da marquise de um supermercado na rua Celso de Azevedo Marques. Imagens feitas por uma câmera de segurança registraram o momento em que outro homem, vestindo roupas pretas, se aproxima da vítima com uma tocha.

Em seguida acontece uma explosão e o agressor foge correndo.

Pessoas que passavam de carro descem do veículo e correm para ajudar o homem a pagar das chamas e o socorro é registrado por outra câmera e as marcas na parede do supermercado mostram que as chamas atingiram quatro metros de altura.

A vítima chegou a ser questionada sobre quem teria praticado o ataque, mas ela disse que não conseguiu ver quem era porque estava dormindo.

O homem sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau no tórax, pernas, costas e rosto. Um galão de gasolina foi apreendido próximo ao local do crime e seria periciado pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica.