A Polícia Civil investiga a morte de uma jovem de 23 anos no Distrito Federal. O corpo de Larissa Francisco Maciel foi encontrado na última segunda-feira (6), por um diácono, no altar de uma igreja evangélica, em Candangolândia. O local é aberto, protegido apenas por um toldo, e tem gerado reclamação dos moradores.
A vítima estava nua e inicialmente chegou-se a pensar que a morte havia sido causada por causas naturais, mas posteriormente constatou-se marcas de estrangulamento, além de queimaduras nas partes íntimas e nas roupas da jovem.
A 11ª Delegacia de Polícia, no Núcleo Bandeirante, está investigando o caso como sendo feminicídio.
O corpo de Larissa foi sepultado na tarde desta terça-feira (7), em Cabeceira Grande, Minas Gerais.
Mãe diz que jovem estava inquieta
Durante o enterro de Larissa, sua mãe, a diarista Valdete Francisco Marciel, de 38 anos, afirmou que na noite anterior havia chegado em casa com as roupas sujas e inquieta. “Ela ficava andando para lá e para cá. Trocou de roupa e saiu”, disse a Mulher, relatando que após isso não viu mais a jovem.
Valdete disse que a filha, assim como ela, também trabalhava como diarista, era muito conhecida na região e querida por todos. “Ela não merecia, quem fez isso é um monstro”, disse.
Um tio de Larissa disse ao portal G1 que pouco antes do corpo ter sido encontrado, ele a viu com um homem em um posto de gasolina.
Local gera reclamações
O local onde a jovem foi encontrada morta fica instalada a Igreja Evangélica Tenda da Libertação. Como o local é desprotegido, a vizinhança reclama que as pessoas utilizam o espaço par fazerem o que querem.
O responsável pela igreja, que se identificou para o portal G1 como pastor Eustáquio, afirmou que desde 2010 a tenda está instalada no local e que não sabe nada a respeito do caso.
Ele diz que o espaço é usado para culto e orações e que na região existem pessoas carentes. “Nossa comunidade está ali para ajudar os moradores", disse.
Um casal que mora em frente igreja se mostrou surpreso com o fato de um cadáver ter sido encontrado no local. Eles disseram que durante a noite não viram nada que pudesse ter chamado a atenção, apenas um barulho, mas pensaram que foi apenas um gato que estivesse andando pelo local.
"Nem olhei pelo portão”, lembrou.
“Ouvi só um barulho, pensei que era um gato entrando na casa”, disse Marnúbia Pires, de 33 anos. Já o marido Carlos Araújo, de 43 anos, afirmou que pouco antes havia sido encerrado um culto no local. “Todo domingo o culto acaba por volta das 20h. Não vi nada de mais depois”.
Outro morador afirmou que a instalação da igreja trouxe melhorias para o local, uma vez que antes o espaço era usado para o consumo de drogas.