A Polícia Civil divulgou nesta quinta-feira (30), mais detalhes sobre o caso do casal e de seu filho de 16 anos que foram encontrados carbonizados dentro do carro da família em uma estrada rural de São Bernardo do Campo na última terça-feira (28). Uma testemunha relatou que uma terceira pessoa participou dos homicídios do casal Flaviana Gonçalves e Romuyuki Gonçalves, além do adolescente Juan Gonçalves, de 16 anos.

De acordo com o relato dessa testemunha, que está sob proteção policial, um homem de cerca de 1,90 de altura foi visto na frente da casa da família e teria ajudado a filha do casal, Ana Flávia Gonçalves, e sua companheira, Carina Ramos, a retirarem objetos da casa e colocarem dentro do carro.

As duas foram presas nesta quarta-feira (29) e negam envolvimento no crime.

O delegado titular do Deic de São Bernardo do Campo, Paulo Henry, disse ainda que esta testemunha viu o que o Jeep onde os três corpos foram encontrados, foi colocado de ré e que o homem ajudou as duas mulheres a colocarem “coisas pesadas” dentro dele. A polícia desconfia que essas coisas pesadas possam ser os corpos das vítimas.

A investigação feita pelo Deic aponta ainda que o Jeep Azul teria sido usado para transportar os corpos de Romuyuki e de seu filho, Juan Victor. Já Flaviane, teria sido obrigada a dirigir o veículo e foi morta no local onde o carro foi incendiado. Mais cedo, foi divulgado um laudo que apontava que as vítimas foram mortas com golpes na cabeça.

Todas as vítimas apresentavam lesões do lado direito da cabeça.

Mais um envolvido

Já o delegado seccional de São Bernardo do Campo, Ronaldo Tossuniam, acredita que ainda possa haver um segundo homem envolvido no caso. “Tem mais indivíduos que participaram junto com esse rapaz de 1,90m”, disse o delegado, que também já pediu a quebra do sigilo telefônico das duas mulheres presas.

As autoridades ainda não dizem quais teriam sido as motivações para o triplo homicídio, mas segundo depoimento colhidos, houve uma briga entre os familiares dias antes das mortes por conta da transferência de um veículo, o que gerou uma discussão acalorada.

A casa estava revirada e com marcas de sangue em vários cômodos. O local foram levados eletrônicos, joias, cerca de 8 mil reais em moeda nacional e estrangeira, além de um arma antiga, que estava quebrada, que pertencia ao avô de Ana.

Brigas entre casal e filha

Testemunhas ouvidas pela polícia relataram que o Relacionamento entre Flaviana e Romuyuki era muito conturbado com sua filha Ana e a companheira Carina, que inclusive estava proibida de frequentar a casa da família, mas imagens de câmeras de segurança registraram a presença das duas no dia do crime.

As duas mulheres viviam juntas há dois anos em outra casa, também em Santo André e, de acordo com a polícia, pai de Ana Flávia, Romuyuki, não aceitava o relacionamento entre as duas.