Há quase um ano da tragédia ocorrida em Brumadinho, Minas Gerais, as vítimas ainda contabilizavam as perdas irreparáveis após o rompimento da barragem. De acordo com o site UOL, após a enxurrada de resíduos desprendidos da barragem da Mina do Córrego do Feijão, foram contabilizadas 270 vítimas, destas, 259 mortos e 11 desaparecidos. Até os dias atuais, uma equipe de cerca de 73 bombeiros seguem com as buscas das vítimas que jamais foram encontradas.
Segundo o site R7, um vídeo transmitido pela Record TV Minas exibiu imagens de um funcionário da Vale completamente soterrado pela lama após o rompimento da barragem de Brumadinho.
Mesmo após ser praticamente engolido pela onda de dejetos, a vítima sobreviveu. A gravação só foi divulgada nos últimos dias, quase um ano após a tragédia.
Sobrevivente voltou a trabalhar na Vale
De acordo com o site R7, as imagens de Leandro Borges Cândido em meio à lama foram feitas por outras vítimas conseguiram se salvar e resgataram o colega de trabalho. Leandro é um dos trabalhadores que estavam dentro de um trator que foi levado pela onda de rejeitos. No registro em vídeo, só é possível perceber que a vítima ainda possui sinais vitais graças a um sutil movimento feito com a cabeça no início da gravação. O sobrevivente voltou a integrar o quadro de funcionários da empresa Vale, porém, preferiu manter a discrição e não conceder entrevista.
Ainda segundo o site R7, o analista ambiental Elias de Jesus Nunes, foi um dos trabalhadores que auxiliaram no resgate de Leandro. Nunes relata que ele e outros sobreviventes começaram a escavar a lama com as próprias mãos até desenterrarem boa parte do corpo do sobrevivente. A vítima soterrada estava com uma das pernas quebradas.
No momento da tragédia, estes funcionários se encontravam em uma área de onde saía o minério de ferro transportado em caminhões. No próximo sábado (25), o colapso da barragem de Brumadinho completa um ano.
Familiares ainda buscam desaparecidos
Segundo o site UOL, de 270, 11 vítimas ainda seguem desaparecidas em Brumadinho. Lecilda de Oliveira, funcionária do departamento de Recursos Humanos da mineradora, é uma destas vítimas.
Natalia, Irmã de Lecilda, falou sobre a angústia de não terem encontrado seu corpo. A familiar revelou que após o triste acontecimento não pôde dar um sepultamento digno à irmã, e que não aceitaria que a empresa caracterizasse a irmã como mais uma desaparecida. Segundo ela, Lecilda estava almoçando no refeitório no dia da tragédia. Natalia afirmou que até os dias de hoje volta a ouvir as mensagens de áudio enviadas pela irmã, como uma forma de se fortalecer e tentar superar a perda sofrida.