Quase dois meses após o crime, a Polícia prendeu, nesta sexta-feira (14), o suspeito do assassinato da menina Heloá, de apenas 11 anos. O crime ocorreu em dezembro do ano passado, na cidade de Piedade, Região Metropolitana de Sorocaba, no interior de São Paulo. Elivelton Santos Furtado, de 22 anos, estava na cidade Tapiraí, na mesma região, quando foi capturado.
Por volta das 12h20, policiais militares que faziam patrulhamento de rotina avistaram o suspeito caminhando pelo acostamento da rodovia que liga Tapiraí a Pilar do Sul. Ao avistar a viatura Elivelton pulou uma cerca na tentativa de fugir, mas foi alcançado e preso.
Ele é vizinho da propriedade onde a menina morava e chegou a ajudar nas buscas pela garota, mas desapareceu poucas horas antes de localizarem o corpo da menina.
Havia um mandato de prisão expedido contra ele em 21 de dezembro. A polícia registrou o caso como captura de procurado e o suspeito será levado para interrogatório em Piedade, onde corre o inquérito policial.
Crime aconteceu em dezembro
A menina Heloá desapareceu na manhã de 20 de dezembro, quando ficou por cerca de meia hora sozinha em casa, no bairro o Vila Eraldino, na zona rural da cidade, enquanto seu pai saiu para buscar o caminhão que trabalhava. Ao voltar, ele não encontrou a filha. O pai disse que era comum ele sair e deixar a filha sozinha em casa dormindo.
Após uma grande mobilização da polícia e vizinhos pela região, o corpo da jovem foi encontrado na noite seguinte, por volta das 21 horas, pelo irmão do suspeito, dentro de uma fossa desativada, nos fundos da casa em que morava. O buraco estava coberto por pedaços de madeira e a menina vestia apenas camiseta e estava enrolada em plástico, cobertor e lençol.
A calça e a calcinha estavam ao lado do cadáver.
De acordo com informações passadas pela polícia, a vítima levou 18 facadas, no tórax e nas costas, sofreu lesões na cabeça e tinha marcas de estupro. De acordo com o laudo necrópsico, a menina morreu em decorrência de uma hemorragia interna.
Suspeito aparentava nervosismo
A mãe de Eliveton disse que no dia em que seu filho fugiu, ele aparentava estar muito nervoso.
Ele teria limpado seu quarto e queimado coisas no quintal da casa. Ela disse ainda que quer que a justiça seja feita caso seja comprovado que seu filho é o culpado pelo crime.
Em janeiro deste ano, amigos e familiares da garota organizaram grupos para tentar localizar o suspeito. Também foi formada uma força-tarefa das polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal e de voluntários na tentativa de descobrir o paradeiro do acusado.