Após uma investigação, a Polícia Civil conseguiu apreender nesta terça-feira (10), uma estudante de 15 anos de idade suspeita de matar com cerca de 35 facadas a colega Emanuelle Souza Batista, de 14 anos, e depois incinerar o corpo em um parque de Rio Verde, na região sudoeste de Goiás. De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Danilo Fabiano, em seu depoimento na Delegacia de Apurações de Atos Infracionais da região, a jovem acabou confessando a autoria do crime.
Emanuelle foi registrada como desaparecida por seus familiares no dia 14 de janeiro e seu corpo foi encontrado queimado dois dias depois, no bairro Veneza.
Armou emboscada para atrair a vítima
As duas meninas, que estudavam na mesma escola, foram identificadas pela polícia através de câmeras de segurança instaladas nas redondezas de um parque da região indo juntas para um matagal onde o corpo de Emanuelle foi encontrado. A adolescente revelou em seu depoimento que atraiu a vítima até o matagal dizendo que no local havia uma grande quantidade de drogas que iria ser dividida entre elas. Conforme as autoridades, as duas meninas faziam o uso frequente de entorpecentes.
35 facadas e corpo incendiado
Ainda conforme seu interrogatório, assim que chegaram no local do crime, a agressora teria golpeado a menina com pelo menos 35 facadas e no dia seguinte retornou ao matagal e incendiou o corpo para tentar despistar a polícia apagando suas digitais no crime.
Um laudo realizado por peritos do Instituto Médico Legal (IML) da região explica que Emanuelle foi ferida na região das costas, pescoço, tórax e demais membros do corpo. Perguntada sobre por que havia praticado o crime, a adolescente disse que a vítima falava mal dela nas redes sociais.
A Polícia Civil informou que a família da agressora não constituiu nenhum advogado para defender a adolescente e que seu depoimento foi acompanhado somente por sua mãe.
A responsável da menina não teve a identidade divulgada pelas autoridades.
Objetos foram enterrados
A faca utilizada pela suspeita foi enterrada dentro do quintal de sua casa. Já o aparelho celular da vítima foi enterrado em um terreno baldio nas proximidades da residência da menina apreendida.
Segundo o delegado Danilo Fabiano, todas as informações sobre a localização do corpo e também dos objetos foram perfeitamente descritos pela jovem apreendida.
A menina foi apreendida na casa onde mora com a mãe e a justiça decretou que ela deverá permanecer sob internação provisória pelo período de 45 dias até que o caso seja julgado.
A mãe da agressora não foi encontrada pela reportagem para que explique mais detalhes sobre os fatos.