Dia 25 de abril. Esta é a data projetada para o alcance do pico de infecções pelo novo coronavírus no Ceará, de acordo com pesquisadores da Rede CoVida, que é uma iniciativa conjunta da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Nesta previsão, o estado ultrapassaria os 3 mil casos de pessoas com a doença já ao longo desta semana, ficando, assim, em segundo lugar entre os mais afetados no Brasil.
O Ceará tem 976 infectados. Destes, 26 morreram, segundo os registros divulgados, no último domingo (5), pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
O primeiro caso de Covid-19 no estado aconteceu há um mês. A Rede CoVida aponta, em seu boletim, que 3.053 pessoas devem ser contaminadas. Isto é mais do que o Rio de Janeiro (2.887). Somente São Paulo (11.684) ficaria à frente do Ceará, de acordo com as projeções para a próxima quarta-feira (8). No mesmo dia, a tendência é que o Brasil chegue a 21 mil infectados e mais de 500 mortes.
Quarentena por conta do coronavírus
No sábado (4), o governador Camilo Santana prorrogou em 15 dias a quarentena no estado. A comunicação foi realizada pelo Twitter e em transmissão ao vivo nas redes sociais. O decreto proíbe o funcionamento de estabelecimentos comerciais em todo o estado. Inicialmente, a medida seria válida até o último domingo.
Contudo, passa a ficar em vigor até 20 de abril.
Somente em Fortaleza já são 872 pacientes com Covid-19, de acordo com dados da IntegraSUS, uma plataforma utilizada pela Sesa. Foram 38 casos novos nas últimas 24 horas, o que fez a doença avançar 17,20% na capital cearense.
Sintomas do coronavírus
Vale destacar que os sintomas do novo coronavírus variam.
Entre os mais comuns estão: tosse seca ou com secreção e febre acima de 37º. Porém, nos casos mais graves podem haver dificuldade respiratória aguda e insuficiência renal.
Outros sintomas são característicos da Covid-19. Pessoas infectadas também podem apresentar dores no corpo, inflamação na garganta, diarreia e congestionamento nasal.
A Rede CoVida e o coronavírus
Projeto de colaboração científica e multidisciplinar, a Rede CoVida tem como objetivo o monitoramento do novo coronavírus no Brasil. Para que ocorra êxito na missão são realizadas previsões sobre a evolução da pandemia.
Além da Cidacs/Fiocruz Bahia e da UFBA, a rede conta com o apoio de colaboradores de outras instituições do país e do exterior. A CoVida também busca deixar a população informada diante dos novos dados, medidas e prevenções contra a Covid-19.