O estado de São Paulo deverá ter rodízio de alunos quando as aulas presenciais voltarem em todo o estado. Foi o que disse o secretário estadual de Educação Rossieli Soares na tarde desta sexta-feira (24). Isso valerá para o ensino fundamental, médio e superior.

Em razão da pandemia do coronavírus as aulas foram suspensas no dia 23 de março e só devem retornar em julho e de forma gradual em algumas cidades. A medida irá permitir o distanciamento das carteiras das salas em um metro. Enquanto uma parte dos alunos tem aula presencial outra parte segue estudando de maneira remota.

“Uma parte dos alunos terá aulas na escola enquanto outra parte dos alunos continua tendo aulas remotas”, disse.

A partir da próxima segunda-feira (27), os alunos da rede pública estadual passarão a ter aulas à distância. Elas serão dadas através da TV Univesp e poderão ser acompanhadas pela televisão ou aplicativo.

Começará pelo infantil

Rossiel disse ainda que os primeiros alunos a serem liberados para frequentarem as aulas serão os que estão no ensino infantil e isso será após autorização do município (responsável pela educação infantil) e do Comitê de Contingência, da Secretaria da Saúde. A liberação será gradual e dará prioridade a alunos cujas mães trabalham fora.

O secretário disse ainda que no caso da educação infantil não haverá um protocolo diferenciado.

Isso em razão de não possível determinar para um bebê ou uma criança qual é o distanciamento necessário.

Números atualizados da Covid-19 no estado

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta sexta-feira (24), revelaram que o número de mortos causados pelo novo coronavírus no estado de São Paulo subiu para 1.512.

Nas últimas 24 horas foram registrados 167 novos óbitos. Os casos confirmados da doença em todo o território paulista já somam á são 17.826.

Esse número de novas mortes, no entanto, é menor que os registrados no balanço anterior, quando o estado bateu o recorde com 211 mortes. Isso não significa que haja uma tendência de queda no número de mortes.

A secretaria de Saúde informou que o grande número que foi apresentado se deve a casos que não haviam sido processados na terça-feira, feriado de Tiradentes.

Perfil das vítimas fatais

De todas as mortes registradas no estado de São Paulo, 890 são de homens e 622 de mulheres. Os pacientes com mais de 60 anos, que fazem parte do chamado grupo de risco, representam 75,8% das mortes. Desses, 387 tinham entre 70 e 79 anos de idade, seguido do grupo de pessoas entre 60 e 69 anos, que teve 337 fatalidades. Também houve óbitos de 120 pessoas que tinham mais de 90 anos.

No outro extremo da faixa etária, três vítimas tinham entre 10 e 19 anos e não foram registradas mortes de pacientes com menos de dez anos de idade.