De acordo com informações realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o novo coronavírus circula em território nacional desde o final do mês de janeiro. Segundo a pesquisa realizada, enquanto os países da Europa e das Américas realizavam monitoramentos dos viajantes para identificar os casos importados do coronavírus, a transmissão comunitária da doença já estava em curso.

Antes do feriado de Carnaval, a doença já estava sendo proliferada. Os estudos apontam que o período de festividade gerou um certo avanço da doença. Como o período carnavalesco é de muito contato e aglomeração, o coronavírus se espalhou rapidamente.

O primeiro óbito no Brasil, ainda segundo a Fiocruz, ocorreu no estado do Rio de Janeiro, entre 19 e 25 de janeiro.

Os estudos foram realizados através de uma metodologia estatística de inferência, que utiliza como base os registros de pessoas que morreram em decorrência do contágio do vírus. A respeito da descoberta, Gonzalo Bello, que é um dos coordenadores da pesquisa, informou durante uma entrevista ao jornal O Globo que o coronavírus avançou no país de forma silenciosa. Ele também alerta que é fundamental a realização de testes para atestar se há ou não o contágio do coronavírus.

Brasil

São Paulo e Rio de Janeiro são os estados que registram mais vítimas da doença. RJ atingiu a marca de 1.714 mortes e 17.062 casos confirmados, já SP chegou ao número de 3.709 óbitos e 45.444 casos de pessoas que testaram positivo para a doença.

Para coibir o avanço nas cidades, governadores e prefeitos estão adotando medidas de contenção propostas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Recentemente, o lockdown está sendo usado parcialmente em alguns estados. Novos bloqueios estão sendo realizados em vias de grande movimentação no Rio de Janeiro, por exemplo. O governador Wilson Witzel chegou a decretar apoio aos agentes da segurança pública para o cumprimento do isolamento social.

Pelas redes sociais, o governador alertou as novas decisões. "Determinei, por decreto, ao Secretário da PM que os comandantes dos batalhões se reúnam com os prefeitos das cidades onde o isolamento social não está sendo cumprido e apoiem as ações de bloqueio das ruas de maior movimentação. Seguimos no enfrentamento ao Covid-19", informou.

O governador ainda chegou a informar em outras postagens e coletivas de imprensa que a intervenção policial é fundamental nesse momento de pandemia.

Muitos cariocas continuam a descumprir o isolamento social e continuam indo às praias e outros lugares públicos que foram proibidos por entidades governamentais.