A Polícia Civil encontrou nesta segunda-feira (8), enterrado na praia de Jacaraípe, na Serra, na Grande Vitória, no Espírito Santo, o corpo do motorista de aplicativo Anderson Luiz Lira. A vítima, de 31 anos, estava desaparecida desde a noite da última quarta-feira (3).
O reconhecimento do cadáver foi feito por um irmão, que o identificou por meio de duas tatuagens que ele tinha na costela. De acordo com a família, por volta das 17 horas do dia em que desapareceu, ele havia saído de sua casa, em Nova Almeida, para fazer uma corrida. Pouco depois, ninguém conseguiu mais fazer contato.
Por volta das 22 horas da última sexta-feira, o veículo da vítima foi encontrado queimado em Lagoa de Jacaraípe. A polícia foi chamada e o veículo levado até a Delegacia Regional da Serra, onde passaria por perícia.
Briga levou ao encontro do corpo
A polícia conseguiu localizar o corpo do motorista após uma pessoa telefonar para o Centro Integrado Operacional de Defesa Social relatando que um homem lhe havia agredido com um soco. Essa pessoa disse ainda que quem lhe agrediu havia matado um homem e que o corpo estava enterrado na areia da praia.
De posse dessas informações, os policiais militares foram até o local indicado e com o auxílio de uma retroescavadeira conseguiram localizar o corpo, que foi encaminhado ao Departamento Médico Legal de Vitória, onde seria realizado exame cadavérico que apontará como Anderson foi morto.
Reconhecido pelas tatuagens
Apesar de os familiares o terem reconhecido pelas tatuagens e pelas roupas que usava, o corpo já estava em avançado estado de decomposição é será preciso, exames de impressões digitais para que a identificação seja confirmada, o que deve demorar três dias. "Nós sabemos que é ele. Reconhecemos as tatuagens e a roupa”, disse o irmão da vítima.
Essa espera, segundo ele, aumentará ainda mais o sofrimento da família. As tatuagens tinham o nome de sua mãe e de seu pai.
Ainda segundo o irmão, Anderson não tinha o costume de trabalhar no período da noite, mas naquele dia acabou aceitando fazer uma corrida noturna. O aplicativo dele foi acessado pela última vez às 18h12 e depois disso não fez mais contato.
Eles disseram ainda que Anderson trabalhava há quase um ano como motorista de aplicativo e não se envolvia com coisas erradas.
Com o intuito que a apuração do crime seja preservada, novas informações não serão passadas pelas autoridades.
Os familiares do motorista agora querem que a justiça seja feita e pedem que o caso não seja esquecido e se transforme apenas em uma estatística. “Independente de quem fez isso. Eu quero justiça”, disse a irmã de Anderson.