Ainda que grande parte do comércio da capital do Rio de Janeiro continue fechado, nessa quinta-feira (04), cerca de 14 mil camelôs licenciados pela prefeitura da cidade receberam autorização para retomar os sues postos de trabalho nas ruas. A liberação em questão foi feita por parte da prefeitura da cidade.
Conforme informações veiculadas pelo G1 ainda na última quarta-feira (3), um balanço feito pela Secretaria de Estado de Saúde mostrou que em 24 horas foram registradas 324 mortes por Covid-19 no Rio de Janeiro. Além disso, os mesmos dados revelaram que o estado totaliza 6010 mortos.
Esse número representa o recorde do Rio, visto que anteriormente o número mais elevado de mortes em um mesmo dia foi 256.
É possível afirmar que, de acordo com os apontamentos do G1, a liberação do trabalho dos vendedores ambulantes não estava prevista no primeiro decreto feito pela prefeitura do Rio de Janeiro.
Tal decreto continha os planos para a realização de uma reabertura gradual da economia da capital carioca. Entretanto, posteriormente, uma edição extraordinária do Diário Oficial do Município acabou publicando a decisão em questão, ainda na noite de terça-feira (02).
Segundo o que foi veiculado pelo site citado anteriormente, o novo plano afirma que os camelôs que possuem as licenças necessárias para trabalhar poderão retomar as suas atividades sem nenhum tipo de restrição.
Entretanto, eles deverão seguir o que a prefeitura do Rio de Janeiro está chamando de “regras de ouro.”
A respeito das regras em questão, é possível afirmar que elas se referem a algumas medidas de proteção para os trabalhadores e também para as pessoas que frequentam os locais já reabertos. Entre as medidas é possível destacar a higienização das mãos com álcool em gel e o uso de máscaras.
Dificuldades de fiscalização
De acordo com o publicado pelo G1, a liberação dos camelôs tem causado preocupação nos especialistas em saúde por alguns motivos. Entretanto, o principal deles seria a fiscalização do cumprimento das normas sanitárias indicadas pela prefeitura.
Nesse sentido, é possível citar a opinião de Margareth Dalcomo, médica infectologista que chegou a falar com o G1 sobre o assunto destacado.
De acordo com ela, a reabertura pode colocar em risco a vida dos camelôs e também de quem está do outro lado.
Além disso, a médica também falou a respeito da possibilidade de aglomerações, visto que os camelôs não teriam como controlar a entrada das pessoas de forma organizada, assim como é feito em lojas. Portanto, as medidas tomadas pela prefeitura não possuem nenhum respaldo e colocam em risco a vida das pessoas.