Infelizmente os casos de agressão às mulheres aumentam cada dia mais e mais. A criação da Lei Maria da Penha, que teoricamente deveria punir de forma mais adequada os agressores e coibir os atos de violência doméstica contra as mulheres, não tem sido o suficiente para parar as agressões.
Mulher era agredida pelo marido
Uma mulher de 59 anos, que estava cansada de ver a filha ser agredida pelo marido, não aguentou mais ver a situação e tirou a vida do homem. De acordo com a Polícia Militar, a gota d'água para a mulher ocorreu na noite do último sábado (11), quando a vítima a ameaçou, dizendo que também lhe daria uma surra.
O crime ocorreu no distrito de Água Quente, que faz parte do município de Águas Formosas, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Era por volta das 19h, quando o homem, de 43 anos, começou a discutir com a esposa, que tem a mesma idade, e com a sogra.
Em dado momento da discussão, o homem ameaçou a mãe de sua esposa e disse a ela que também lhe daria uma surra. De acordo com os militares que eram responsáveis por policiar o povoado, a mulher era agredida constantemente pelo marido.
Sogra mata o marido da filha
O fato de ver a filha ser agredida constantemente e também por ter sido ameaçada pelo homem fez com que a mulher pegasse uma faca e desse um golpe no peito do genro. O rapaz chegou a ser socorrido e levado para uma unidade de saúde, mas veio a óbito pouco tempo depois de dar entrada no hospital.
Após atacar o marido da filha, a mulher fugiu para um sítio de um familiar, localizado na cidade de Almenara, que fica a 130 quilômetros de Águas Formosas.
Os policiais localizaram a mulher e fizeram a sua prisão pelo crime de homicídio consumado.
Especialistas pedem que as mulheres denunciem
Vale lembrar que as orientações dos especialistas no assunto é para que as mulheres procurem ajuda sempre que sofrerem algum tipo de violência doméstica. No Brasil, existem várias delegacias especializadas para o atendimento à mulher e é essencial que as mesmas procurem as autoridades caso sofram qualquer tipo de violência ou ameças.
Segundo Camila Félix, que é advogada, professora de direito penal e conselheira seccional da OAB, do estado de Minas Gerais, é importante que a vítima procure um profissional que seja de sua confiança, seja um advogado, a defensoria pública ou mesmo os órgãos de proteção à mulher.
Ela salienta que essa atitude deve ser tomada antes que a situação exploda uma vez.
Para ela, as mulheres vão sofrendo, aguentando pressões psicológicas, ameças, elas passam por agressões morais e psicológicas dentro de casa e muitas vezes fazem isso por causa dos filhos. Ela salienta que o problema de ir aguentando tanta coisa calada é que na hora que explode, pode chegar até a ser fatal.