Pedro Henrique Krambeck, estudante de medicina veterinária, está internado desde a última terça-feira (7), em um hospital particular. O jovem de 22 anos chegou a ficar em coma e também recebeu soro antiofídico após ser picado por uma cobra naja no Distrito Federal.

Apesar da melhora no quadro de Saúde, Pedro Henrique segue na Unidade de Saúde Intensiva, e a previsão para os próximos dias é que ele receba alta.

A serpente que picou o rapaz é originária da África e tem uma das picadas mais venenosas do mundo.

A picada de uma cobra naja pode matar em minutos, pois o veneno afeta principalmente a parte neurológica da vítima.

Soro antiofídico só foi encontrado no Instituto Butantã

O soro antiofídico recebido por Pedro Henrique no hospital veio do Instituto Butantã, localizado em São Paulo. No entanto, o Butantã deixou claro que não fabrica ou disponibiliza o soro para a picada da cobra naja, isso porque é uma espécie exótica que não pertence à fauna brasileira.

O pequeno estoque existente no hospital do instituto é apenas para emergências com pesquisadores que manipulam o animal na instituição.

Multa e crime ambiental

Pedro Henrique Krambeck foi multado ainda internado no hospital em R$ 2 mil pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). O estudante é suspeito de criar e reproduzir serpentes para um suposto esquema de tráfico de animais.

O pior é que, após o acidente com a naja, ela foi abandonada próxima a um shopping. Desde então a serpente está sob o cuidado e proteção do Zoológico de Brasilia, juntamente com outras 16 serpentes apreendidas.

Ainda segundo a polícia, Pedro Henrique é o dono das serpentes, muitas não tinham registro. O que piora a situação do rapaz é o fato de que no Brasil a criação de cobras venenosas é crime ambiental.

Naja que picou estudante ganha ensaio fotográfico

A serpente naja ganhou um ensaio fotográfico no zoológico. Desde que foi deixada próximo a um shopping em Brasília dentro de uma caixa, a cobra está sob os cuidados do Zoológico de Brasília.

O ensaio foi feito por Ivan Matos, que é agrônomo e fotógrafo. Ele é voluntário no zoológico há mais ou menos um ano. Segundo Ivan, levou pelo menos uma hora para conseguir as fotos da naja.

Ele ainda disse que a cobra estava bastante agitada e parecia que ela nunca havia ficado livre por tanto tempo. Ivan contou também que a cobra começou a se acostumar com o local e ao ver que não havia perigo ali, então ela se aproximou do vidro e ele conseguiu fotografar.

As fotos da cobra naja viralizaram na internet. Uma internauta chegou a chamar o ensaio fotográfico de 'babadeiro'. A postagem no Twitter com as imagens da cobra tem mais de 44 mil curtidas e mais de 10 mil compartilhamentos.