Um crime de abuso sexual contra uma menina de 9 anos causou revolta na cidade de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A criança era abusada pela própria mãe e pelo padrastro, ambos de 39 anos, e surdos. A menina enviou um áudio para familiares do pai relatando o crime e os mesmos procuraram a Polícia da cidade.

Menina denuncia abuso cometido pela mãe

O crime contra a menina está sendo investigado pela polícia desde o dia 19 de junho, quando seu pai biológico e uma prima procuraram ajuda denunciando os abusos. A criança teria enviado um áudio para familiares pedindo ajuda e relatando tudo que acontecia com ela na casa da mãe.

Ela ainda pediu para os familiares não sentirem nojo dele e que estava preocupada com uma irmã de 2 anos, filha biológica do casal.

A menina morava com seu pai biológico, mas passava temporadas na casa onde a mãe morava com o marido e a sua irmã. Segundo relatos da crianças, os abusos ocorriam desde que ela tinha cinco anos de idade e temia que viessem a ocorrer com a sua irmã, já que não morava com a mãe para evitar os abusos.

Mãe negou abusos, mas o padastro confirmou

A mãe da menina, que além de surda é muda, e seu padastro foram presos e ouvidos com a ajuda de uma intérprete de línguas. A mulher negou os abusos e segundo a delegada, ainda tentou imputar a culpa pelo crime ao pai da menina, que também é deficiente auditivo, e seus parentes.

A criança foi ouvida por uma psicóloga e relatou como o crime ocorria quando estava na casa da mãe. O imóvel onde a mulher morava com o marido e a filha de dois anos só tem um quarto, onde todos dormiam próximos. A mãe da menina era quem praticava diretamente os abusos e incentivava o marido a fazer o mesmo.

O homem confessou o crime e ainda deu detalhes de como os abusos ocorriam quando a menina estava lá, relatos condizentes com o que a menina contou para os psicólogos.

Exames de corpo delito foram realizados e constaram que a menina teve o hímem rompido, confirmando a violência sexual.

Mãe ameaçava a filha para não contar

A psicóloga contou que a menina sofria coação e ameaças psicológicas por parte do casal, principalmente por parte da mãe da criança. Ela dizia que se a menina contasse sobre os abusos, a mulher se mataria, deixaria de ser mãe dela e deixaria de amá-la.

Isso causava uma confusão de sentimentos na criança, que não queria perder o amor da mãe, que era a sua agressora.

Em uma ação de busca e apreensão na casa dos acusados, os policiais apreenderam aparelhos eletrônicos e diversos vídeos pornográficos, além de fotos da filha menor do casal tomando banho. O casal não tinha antecedentes criminais e responderão pelos crimes de estupro de vulnerável, além de prática de relação sexual na presença de crianças e adolescentes.