No último dia 21 de julho, José Luiz de Araújo Conceição, de 61 anos, Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, de 37, e o cão que estava com eles faleceram após consumirem marmitas recebidas através de doação. Os homens seriam moradores de rua e teriam passado mal logo após o consumo do alimento.

De acordo com o site G1, a perícia da Polícia Civil de São Paulo constatou que as marmitas recebidas em Itapevi pelas vítimas José e Vagner, estariam envenenadas.

Peritos afirmaram que foi utilizado veneno de rato no preparo da alimentação. Dois adolescentes que também consumiram as marmitas passaram mal e precisaram ser internados. As doações foram feitas aos moradores de rua em um posto de gasolina desativado.

O delegado responsável pelo caso, Aloysio Mendonça Neto, segue com as investigações a fim de solucionar o crime e identificar seus responsáveis. O delegado revelou ainda que a perícia encontrou um elemento chamado terbufos, utilizado na produção do veneno conhecido como "chumbinho". O elemento também foi encontrado no estômago do cão.

Laudo deverá apontar veneno como causa das mortes

Ainda de acordo com o site G1, o delegado Aloysio Neto afirmou que os laudos necroscópicos deverão confirmar que a causa da morte das vítimas tenha relação direta com o veneno encontrado nas marmitas. Segundos testemunhas ouvidas pela polícia, os homens teriam sentido fortes dores na região da barriga e espumaram através da boca após ingerirem o conteúdo das marmitas. A polícia busca saber quem foram os responsáveis por envenenarem as marmitas, já que a alimentação aparentava estar normal quando foi entregue.

Os voluntários que entregaram as marmitas aos moradores de rua também prestaram depoimento à polícia, e revelaram que eles e seus familiares também haviam consumido as marmitas, e que não haviam passado mal.

Um homem que passava no local também recebeu as doações e levou as marmitas para sua residência, entregando-as para a esposa, de 17 anos, e para o filho, de 11 anos. Ambos passaram mal após comerem o alimento e foram levados ao hospital. Uma mulher que teve seu veículo exibido em imagens de vídeo no local da doação das marmitas se apresentou à polícia e prestou depoimento.

Delegado aguarda resultado de laudo

O delegado Aloysio Neto segue colhendo o depoimento de testemunhas e aguarda o resultado do laudo necroscópico. Neto afirmou, ainda, que os moradores de rua guardavam marmitas de semanas, e também poderiam ter se intoxicado por consumo de comida estragada. Porém, não descarta a possibilidade de envenenamento proposital. Os adolescentes que foram internados após consumirem as marmitas segue com quadro de saúde estável.