Flávio Araújo, pai do menino de 11 anos que segue internado no Hospital Geral de Pirajussara após ter ingerido uma marmita envenenada na cidade de Itapevi, na Grande São Paulo, implora para que o filho seja transferido para uma unidade hospitalar com um neurologista pediatra, contudo, teve seu pedido negado. Para o portal R7, ele desabafou e chegou a afirmar que ninguém lhe disse “porque foi negado”. “Não me explicaram direito”, contou o pai, afirmando que o mandaram conversar com a assistência social.
O menino, Fábio Abrão de Araújo, segue internado em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, desde o dia 22 de julho.
O garoto foi envenenado após ter ingerido uma marmita com chumbinho, mesma marmita que tirou a vida de dois moradores de rua. Desde que comeu o alimento, Flávio tem sofrido com dores fortes, não consegue falar e nem ao menos reconhecer seus familiares. Segundo relato do pai, desde às 4h30 desta quarta-feira (9) ele teve que ficar com um pano na testa do filho. “Chega a ficar roxa”, relatou Flávio.
Delegacia segue investigando o caso
Atualmente, o caso segue sendo investigado pela Delegacia de Itapevi, que trabalha no intuito de descobrir os responsáveis pelo envenenamento do alimento ingerido pela criança e pelos moradores de rua. Segundo o laudo, as marmitas não foram envenenadas dentro da cozinha onde foram preparadas.
Agora, a Polícia trabalha com a hipótese que tenha se tratado de uma vingança contra os moradores de rua.
Moradores de rua morrem envenenados
Os dois moradores de rua que morreram após terem ingerido o alimento foram José Araujo Conceição, de 61 anos, e Vagner Aparecido Gouveira de Oliveira, de 37. Além deles, uma cachorra que comeu a marmita também morreu.
Segundo informações da Polícia Civil, o alimento foi envenenado dentro do posto de gasolina onde José e Vagner estavam, isso alguns momentos depois de terem sido entregues no local. Segundo testemunhas, um dos sem teto havia se envolvido em uma briga dias antes de comer a comida envenenada. Os dois espumaram pela boca e tiveram fortes dores de barriga após terem ingerido o alimento.
Em depoimento, Cleber Viginoski, morador de rua que dorme algumas vezes no mesmo posto de gasolina que os outros moradores de rua estavam, contou que depois de comer a marmita, Vagner estava sentado com eles e de repente “deitou e começou a espumar pela boca”. Além disso, segundo José Jacob, um comerciante vizinho ao posto de combustível, “José estava se sentindo muito mal” e com muita dor de barriga. O comerciante conhecia o morador de rua havia ao menos cinco anos. Um comerciante que passava pelo posto também recebeu o alimento, mas não o ingeriu na hora, ao invés disso levou a marmita para casa, onde dividiu com a companheira e os filhos: um jovem de 17 anos e o menino de 11.