Um crime chocante revoltou a população de Hortolândia, em São Paulo, nesta sexta-feira (18). Uma menina, de 5 anos de idade, que estava desaparecida desde a manhã desta quinta-feira (17), foi encontrada sem vida, dentro de uma caixa de papelão.

Menina é encontrada sem vida

Maria Clara Calixto Nascimento desapareceu na manhã desta quinta-feira e segundo a avó da criança, ela teria saído para brincar na casa de uma vizinha. A mãe da menina, de 25 anos, que trabalha como auxiliar de produção, teria chegado em casa para almoçar e quando perguntou ao companheiro sobre a filha e ele disse que não viu a mesma sair, pois estava dormindo.

Após verificar que a menina não estava nos vizinhos, a família começou a procurar pela criança e registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento na Delegacia da cidade. Familiares e amigos da família começaram a procurar pela menina desde que souberam que ela estava sumida. Eles encontraram o corpo da menina nesta manhã, dentro de uma caixa de papelão, em um terreno no bairro Jardim São Felipe, perto da casa da família.

Ao ver o corpo da filha, a mãe retirou o corpo da caixa com as próprias mãos e levou até uma Unidade de Pronto Atendimento, mas a criança já chegou ao local sem vida. A polícia foi acionada e a perícia seguiu para o local onde o corpo da mesma foi encontrado.

Padrasto é preso pela morte da menina

Segundo a Polícia Civil, Cássio Martins Camilo, que é padrasto da criança, está preso e já possuía passagem na polícia por abuso. O homem confessou que matou a criança e, segundo a polícia, foi constatado que a menina foi abusada e apresentava sinais de ter sido estrangulada.

O homem teria prestado depoimento logo após o desaparecimento da enteada, mas na ocasião disse que não sabia nada sobre o sumiço e paradeiro de Maria Clara.

Após prestar depoimento, o homem teria ido para casa de parentes em Monte Mor e depois fugiu para Campinas, no interior de São Paulo, onde foi preso e levado para uma unidade prisional.

A delegada Martha Rocha disse que agora resta saber de que forma esse crime bárbaro foi cometido. Ela falou que quer saber onde foi cometido o crime e qual teria sido a motivação para o homem fazer isso com a enteada.

Martha disse que a autoria já está revelada e que resta saber se houve conivência da mãe da criança e se ela participou do abuso.

Após a prisão do padrasto de Maria Clara, um clima tenso se formou na porta da delegacia da cidade. Familiares e amigos da família da vítima foram até o local na tentativa de ver o homem. Eles proferiram xingamentos com gritos e foram vistos até bombas de fumaça que foram jogadas no imóvel. Uma dessas bombas caiu na grama da delegacia, que fica cercada por grade e estava com os portões fechados.