Na cerimônia de apresentação do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, nesta quarta-feira (16), o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuello afirmou que a assinatura de um termo de responsabilidade será exigido somente para os imunizantes de uso emergencial.
A cerimônia para divulgar as ações coordenadas do plano foi realizada no salão nobre do Palácio do Planalto, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e demais autoridades do Ministério da Saúde.
Nesse contexto, foram citados pelo Governo as vacinas do consórcio Covax, AstraZeneca/Oxford, Pfizer, Janssen, Moderna e CoronaVac, produzida em parceria entre a empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butantan.
Cobertura da vacina
Inquirido pelo Superior Tribunal Federal sobre um plano de ação para imunizar a população brasileira, o governo enviou o plano prevendo um período de 16 meses para cobertura vacinal contra o novo coronavírus de todo o povo brasileiro.
Além disso, o governo informou ao STF que, entre outras providências, foram aplicados R$ 80,4 milhões na compra de 300 milhões de agulhas e seringas e destinados R$ 177, 6 milhões no custeio da rede de frio. Houve ainda investimentos de R$ 1,5 bilhão para despesas extraordinárias e R$ 1,9 bilhão na área da tecnologia.
Ações da vacinação
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o conjunto de ações composto por 110 páginas não apresenta data para o início da vacinação da população brasileira.
Contudo, ainda segundo a Folha, o ministro Pazuello estimou o prazo para o mês de fevereiro de 2021.
Pelo Ministério da Saúde, a data da vacinação está ligada ao registro e autorização de um imunizante eficaz pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No evento, o presidente Bolsonaro enfatizou que os tempos são difíceis, mas em seguida vem a bonança.
Registro da vacina
Reproduzindo fala do ministro Eduardo Pazuello durante a cerimônia, a Folha relata que ao se confirmar procedimentos do Instituto Butantan e Fiocruz, configurando-se a terceira etapa das pesquisas, juntando compilações das fases 1 e 2, será possível solicitar o registro da vacina contra a Covid-19 à Anvisa ainda neste mês de dezembro.
O mês de janeiro seria para a análise dos documentos pela Anvisa, iniciando a vacinação da população em meados de fevereiro. A divulgação deste conjunto de ações ocorre sob críticas de especialistas, que observam demora na formulação de ações estratégicas no cuidado para com a população brasileira.
O site G1 destaca que o presidente Jair Bolsonaro recebeu críticas de especialistas por defender que o cidadão assine o termo de responsabilidade para se proteger com o imunizante contra a doença do novo coronavírus. Eles entendem que este termo não produz efeito prático, além de se tornar prejudicial à contenção do surto da Covid-19.
Frente a esse desafio do povo brasileiro na luta contar o novo coronavírus, o G1 complementa que novos grupos foram considerados pela pasta como prioritários e inseridos nas primeiras doses de imunizantes, sendo eles: os quilombolas, presidiários e trabalhadores do transporte coletivo. Anteriormente a contemplação era para os idosos, indígenas e profissionais do setor de saúde.