Parece que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não recebeu muito bem as reportagens que geraram polêmica nas redes sociais ao mostrarem o aumento de gastos do governo federal com alimentos em 2020 e o valor gasto com leite condensado.

Bolsonaro fez várias ofensas à mídia e também compartilhou um texto na tentativa de justificar o aumento nas compras do governo. O presidente fez as ofensas à imprensa durante um almoço em uma churrascaria em Brasília, que contou com a presença do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do ministro do Turismo, Gilson Machado, além de várias personalidades que também apoiam o presidente.

Nesta última terça-feira (26), nas redes sociais, vários deputados da oposição fizeram críticas ao governo após reportagem do site Metrópoles mostrar um aumento dos gastos do Executivo com alimentos, incluindo itens como chicletes, bombons e leite condensado, sendo este o item que mais se destacou, pela preferência de Bolsonaro pelo alimento combinado ao pão francês no café da manhã. Segundo a matéria do portal, o Executivo gastou, só com esse item, R$ 15,6 milhões em 2020.

Segundo as imagens do vídeo que circula nas redes sociais, Bolsonaro xingou a imprensa após a repercussão da compra das latas. Após a fala, Bolsonaro é aplaudido pelos convidados, como os cantores Amado Batista e Rick, que faz dupla com Renner.

Justificativa das compras

Bolsonaro publicou em seu canal do Telegram, onde o presidente tem direcionado a maior parte dos seus apoiadores na internet, um texto justificando as compras.

Um de seus apoiadores publicou a nota na íntegra, via Twitter, apresentando a justificativa dos gastos com leite condensado, alegando que faziam parte das compras do Ministério da Defesa e também da Funai.

A explicação é que o Ministério da Defesa e a Funai fazem uso desse produto para chegar em lugares distantes e de pouco acesso, onde não é possível o transporte ou armazenamento de leite fresco, que pode estragar mais rápido.

Segundo a reportagem que deu origem à polêmica, o Ministério da Defesa e a Funai foram os maiores compradores do produto.

Bolsonaro, em conversa com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada, disse que foi uma sucessão de erros que levou a tudo isso. Ainda justificou dizendo que esses alimentos são usados para alimentar "centenas de milhares" de pessoas.